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Tristeza e depressão são diferentes; saiba diferenciar cada uma delas

Publicada em 22/02/2013 às 07h

Depressão se distancia da tristeza quando os sintomas duram mais do que o esperado Depressão se distancia da tristeza quando os sintomas duram mais do que o esperado

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão atinge cerca de 121 milhões de pessoas no planeta. Desse total, apenas 25% recebem tratamento adequado.

A dificuldade é justamente diagnosticar um problema que é subjetivo e envolve emoções complexas. Apesar das tentativas de padronização dos métodos que identificam esse mal, os critérios para isso ainda não são precisos.

Na dificuldade de diagnosticar, há também quem confunde a tristeza com depressão. Isso porque a tristeza nem sempre é encarada como algo que faz parte da vida e os critérios de diagnóstico que distinguem esse sentimento da depressão ainda não são claros. Por isso muita gente anda se enchendo de antidepressivos.

De forma geral, a depressão se distancia da tristeza quanqo os sintomas - falta de interesse pelas atividades cotidianas e insônia, entre vários outros - duram mais do que o esperado ou são desproporcionais ao episódio que despertou esse sentimento em determinado momento da vida. Nesses casos, e quando o médico afasta totalmente a possibilidade de se tratar de \"tristeza reativa\" - nome que os especialistas dão à dor que resulta de uma perda ou uma decepção -, os psiquiatras defendem a medicação.

Um artigo recém-publicado no British Medical Journal afirma que o crescimento do tratamento da depressão tem benefícios como a redução de suicídios e o aumento da produtividade. No entanto, há quem afirme que o número cada vez maior de diagnósticos de depressão denote a falta de critério ao avaliar os pacientes.

Médicos, psicólogos e psicanalistas do mundo todo começam a levantar uma bandeira que pode parecer estranha: a de que a tristeza não deve ser evitada a qualquer custo, pois faz parte do nosso cotidiano e até nos ajuda a crescer. Já os quadros depressivos geralmente são criados por emoções mal resolvidas. E o remédio, de acordo com essa visão, alivia apenas o sintoma, sem cuidar da raíz do problema em si.

O ideal, então, seria procurar um especialista com formação adequada para lidar com casos de depressão. E recorrer aos remédios apenas quando eles forem realmente necessários. Afinal de contas, como disse Carlos Drummond de Andrade no poema Viver Não Dói, \"o sofrimento é opcional; a dor é inevitável\".

Com informações da Revista Saúde