A Terapia Fotodinâmica é um dos tratamentos mais eficazes para a cura do câncer de pele do tipo não melonima, segundo especialistas. O tratamento é feito diretamente no local do tumor, sem atingir células sadias e sem deixar cicatriz, diferentemente de outros tratamentos como crioterapia e a cirurgia.
O assunto será discutido em curso e treinamento, neste sábado (24), no Hospital Napoleão Laureano, em Jaguaribe, no horário das 8h ao meio dia. Para facilitar a compreensão dos participantes, durante o encontro três pacientes serão submetidos ao tratamento. O curso e treinamento são abertos para todos os dermatologistas do Estado. O evento é promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Seção Paraíba (SBD-PB).
O dermatologista Otávio Sérgio Lopes, presidente da SBD-PB, explicou que a Terapia Fotodinâmica consiste na aplicação de substância química no local do tumor associada à exposição de uma luz vermelha. A "mistura" provoca uma reação química que destrói as células cancerosas e, após alguns dias, proporciona o surgimento de novas células sadias no local.
O especialista, no entanto, explicou que apesar de comprovada a eficácia da Terapia Fotodinâmica, a nova técnica não substitui outras. "Ela não é recomendada para tumores mais profundos ou localizados na região do nariz, por exemplo, porque pode afetar as suas funções, assim como pessoas sensíveis aos ativos do creme, grávidas ou portadoras de porfiria, uma rara doença de pele, também não podem se beneficiar desta inovação", informou o dermatologista.
TRATAMENTO CHEGA AO BRASIL
O tratamento revolucionário para cura do câncer de pele não melanoma foi feito pela primeira vez no Brasil durante o XVIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, realizado ano passado na cidade paulista de São José do Rio Preto. O dermatologista Colin Andrew Morton, da Universidade de Glasgow, na Escócia, foi o responsável por esta cirurgia pioneira.