Os dias passam e nada de se sentir melhor. Dor nas costas, nas pernas, no peito ou no abdômen, problemas de pele, complicações digestivas, insônia, falta de ar, palpitações e dores de cabeça. De volta ao consultório médico, novamente o mesmo resultado: apesar dos sintomas, os exames não constatam nada.
A causa de tantas queixas pode ser o estresse emocional ou, como dizem os especialistas, a somatização, que nada mais é do que a transferência para o corpo das dificuldades sentimentais com as quais a pessoa não consegue lidar.
Ao ser constatado que a saúde está perfeita, a maioria das pessoas costuma sair do consultório médico tranqüila, mas uma minoria - cerca de 3% da população - não se conforma com o diagnóstico. Este pode ser o início de um quadro da hipocondria, um transtorno mental que tem cura.
O hipocondríaco tende a supervalorizar a gravidade de males considerados simples e a interpretar reações normais do organismo como se fossem problemas sérios de saúde. E, com o tempo, a própria instabilidade emocional que acompanha a hipocondria enfraquece o sistema imunológico e predispõe o organismo a problemas reais.
Outra característica da hipocondria é a necessidade de falar sobre a doença com todo mundo. O indivíduo realmente chega a sentir as dores das quais se queixa e acredita que está doente de verdade.
Quanto ao tratamento, os especialistas enfatizam que a medicação antidepressiva e a terapia são a base do processo de cura. Não adianta tomar remédios sem tratar os sentimentos que provocam as reações físicas.
Reconhecer as emoções ruins que procuramos negar, por um mecanismo inconsciente de defesa, muitas vezes, já é suficiente para fazer cessar os sintomas, mas para isso é fundamental um auxílio específico. Não adianta tomar remédios, sem trabalhar os sentimentos que provocam as reações físicas.
(Informações e ilustração da Unimed Brasil)