Não são poucas as doenças que estão associadas ao sedentarismo, à alimentação inadequada e outros maus hábitos, como fumar e exagerar na bebida alcoólica. E a grande maioria das enfermidades poderia ser evitada se as pessoas cuidassem mais da saúde. Só para se ter ideia, dados do Ministério da Saúde revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta, anualmente, R$ 448 milhões com o tratamento de males ligados à falta de atividade física.
Apesar de 86% dos brasileiros avaliarem sua condição física como boa, apenas 11% são realmente comprometidos com ela, adotando rotinas saudáveis, segundo a pesquisa Phillips Index 2010, feita pelo Instituto Ipsos. O mesmo estudo apontou, ainda, que apenas 61% se julgam responsáveis por sua própria saúde e 26% têm pavor de hospitais. Tal medo, segundo os especialistas, ajuda a explicar o pequeno contingente que faz exames regularmente: menos da metade - 46% - encara check-ups a cada ano, enquanto 35% nunca se submetem a tais baterias de testes.
Por isso, fica a pergunta: você investe em prevenção e pensa no futuro em relação à sua saúde? Segundo especialistas existem dois tipos de prevenção: a primária, que seria a intervenção antes que se tenha determinada doença (por exemplo, indivíduos com elevação da glicose no sangue que fazem exercício e se alimentam bem para não desenvolver diabetes); e a secundária, que ocorre após o diagnóstico (o diabetes já está detectado: então o paciente obedece ao controle adequado para evitar complicações).
MELHOR PREVENIR
A prevenção permite maior chance de bons resultados no tratamento de doenças crônicas como diabetes, alzheimer e artrose. Isso sem falar no custo menor, já que está mais que comprovado que é mais barato \"prevenir do que remediar\".
No entanto, o que se observa é que as pessoas se antecipam no caso de distúrbios graves como diabetes, hipertensão arterial sistêmica e doenças cancerígenas. Mas se esquecem de que também dá para prevenir artrose, tendinite e outros problemas ortopédicos.
Se a pessoa não apostar as fichas na prevenção e tampouco pensar no futuro, pode sofrer com várias complicações: doenças cardiovasculares (hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana e aterosclerose), tumorais (câncer de mama, pulmão e intestino) e degenerativas (artroses, tendinopatias, osteoporose e demências).
Os principais fatores de risco para essas doenças são: tabagismo, obesidade, alimentação inadequada e falta de atividade física regular.
A prevenção é extremamente importante porque há vários distúrbios de manifestação silenciosa que, ao apresentarem os primeiros sintomas, já terão acarretado danos significativos aos órgãos. Como exemplos clássicos podem ser citadas a pressão alta, diabetes, distúrbios de colesterol e alguns tipos de câncer, como os de mama, colo de útero e intestino grosso. E todos estes males podem ser facilmente detectados em estágios precoces com exames.
É de suma importância, então, fazer exames de rotina, como os ginecológicos para as mulheres e os de acompanhamento urológico para os homens acima de 45 anos - ou antes, caso apresentem fatores de risco. Também é fundamental fazer acompanhamento regular com um médico, pois tudo - investigação clínica, pedido de exames, tratamentos - partirá daí.
Com informações do site Uol