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Saiba por que o diagnóstico precoce da hanseníase é importante para a cura

Publicada em 27/01/2017 às 16h30

Diagnóstico precoce pode ajudar no tratamento mais adequado e na cura da hanseníase Diagnóstico precoce pode ajudar no tratamento mais adequado e na cura da hanseníase

A hanseníase tem cura se o diagnóstico for feito precocemente. Mas, a doença, que ataca os nervos e a pele, ainda é um grave problema no Brasil. A falta de informação e o preconceito contribuem para isso. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 30 mil casos novos são diagnosticados por ano no país. Para aumentar a visibilidade nacional para a doença, será celebrado neste domingo (29) o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase.

Causada por uma bactéria - o bacilo de Hansen, a hanseníaseé transmitada pelo contato com pessoas, sem tratamento, durante atos corriqueiros, como conversar, espirrar e tossir. Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase ainda hoje é tratada como um tabu.

Apesar do preconceito, a dermatologista Luciana Cavalcante Trindade, médica cooperada da Unimed João Pessoa, afirma que se for descoberta cedo, a hanseníase pode ser tratada adequadamente e curada. Mas, como identificar o estágio inicial da doença? O que fazer? Como cuidar?

A médica Luciana Cavalcante fala da doença e dá orientações sobre sintomas, diagnóstico e tratamento. Segundo ela, o aparecimento de manchas (esbranquiçadas, vermelhas ou castanhas), caroços, placas ou áreas "dormentes" na pele são os primeiros sinais. E, por isso, as pessoas devem ficar atentas. 

Ao observar qualquer lesão ou alteração na pele, deve-se procurar, imediatamente, um especialista. "O diagnóstico é feito, na grande maioria dos casos, através da avaliação das manchas e de um teste de sensibilidade simples e indolor", explica Luciana Cavalcante.

Estimular o diagnóstico precoce através do autoexame é importante, de acordo com a médica, porque, se descoberta de forma tardia ou tiver um tratamento inadequado, a doença pode provocar graves sequelas. Pode causar incapacidade e deformidades, que podem ser responsáveis pela exclusão de muitas pessoas do convívio social.

O tratamento do paciente com hanseníase é simples, gratuito e está disponível nos postos de saúde. Pode durar de seis meses a um ano, dependendo do estágio e forma da doença. É feito com um combinado de medicamentos (comprimidos), além de reabilitação física e psicossocial nos casos mais graves. 

Os medicamentos são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde. Quem começa o tratamento deixa rapidamente de ser contagioso, não constituindo mais perigo para as pessoas próximas, portanto, não há necessidade de isolamento.

JANEIRO ROXO

Instituído pela Lei Federal 12.135 de 2009, o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase é celebrado sempre no último domingo de janeiro. A ação é conhecida como 'Janeiro Roxo'. A finalidade é reforçar o compromisso em controlar a doença, promover o diagnóstico e o tratamento corretos, difundir informações e desfazer o preconceito. 

 

" No 'Janeiro Roxo' todos são convidados a se informar sobre a doença de forma que o preconceito em relação à hanseníase seja combatido e os casos sejam descobertos, tratados e curados precoce e adequadamente", diz a dermatologista Luciana Cavalcante.

Para saber mais sobre a hanseníase leia na integra o artigo da dermatologista Luciana Cavalcante, publicado na Coluna Saúde da Unimed João Pessoa.