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Saiba o que é obstrução intestinal, as causas e o tratamento

Publicada em 02/02/2022 às 07h

Sintomas mais frequentes são náuseas, vômitos, dores abdominais/cólicas e distensão abdominal Sintomas mais frequentes são náuseas, vômitos, dores abdominais/cólicas e distensão abdominal

Obstrução intestinal é o termo utilizado para caracterizar a dificuldade do intestino manter seu trânsito normal de alimentos, secreções e produtos fecais, devido a uma interferência no seu trajeto, como bridas intestinais, tumores ou uma inflamação. O gastroenterologista cooperado do plano de saúde Unimed João Pessoa, Pedro Ferreira, comenta que a obstrução não pode ser evitada por orientações dietéticas e medicamentosas, como a constipação, mas explica as causas e o tratamento. “Quando parciais, elas podem ser tratadas clinicamente, mas as comportas, precisam de cirurgia”, explica.

Os sintomas mais frequentes são náuseas, vômitos, dores abdominais/cólicas e distensão abdominal - pelo excesso de gases. “A intensidade desses sintomas varia de acordo com a gravidade da obstrução”, afirma.

A obstrução intestinal pode ocorrer no intestino delgado ou grosso e de forma parcial ou completa. Ela impede a passagem dos alimentos digeridos, e, assim, as fezes, gases intestinais e secreções digestivas se acumulam aumentando a pressão dentro do órgão. Pode haver perfuração intestinal, infecção generalizada e morte do tecido intestinal. “As principais causas são aderências (bridas), hérnias encarceradas, íleo adnâmico/paralítico (parada temporária do peristaltismo intestinal), neoplasias (tumores) colorretais, íleo biliar, fecaloma (impactação fecal)”, pontua.

Segundo o médico, também pode provocar obstrução intestinal diverticulite, isquemia do intestino, intussuscepção (penetração de um segmento do tubo gastrointestinal), acúmulo de vermes e enterite após radioterapia.

Como identificar e tratar — O diagnóstico é feito com consulta, exames de imagem e laboratoriais. “O tratamento varia de acordo com a causa, o local e gravidade da obstrução. Nos casos mais leves, a passagem de uma sonda para descompressão e diminuição dos vômitos, administração de líquidos pela veia para hidratação e reposição de eletrólitos, antieméticos, analgésicos, antibióticos — em quadros infecciosos — poderão solucionar o problema”, alega.

Já nos casos mais graves, segundo Pedro Ferreira, quando o tratamento clínico não tem sucesso, é necessário fazer uma cirurgia. “Em todos os casos, o paciente permanece em dieta oral zero até melhora do quadro”, explica.