A endometriose afeta 10% da população feminina no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos. Por não ter uma causa conhecida, muitos são os fatores que podem desencadear este problema e a nutrição tem um papel fundamental, principalmente no controle dos sintomas.
A nutricionista Paula Bacalhau, da equipe de promoção da saúde da Unimed João Pessoa, destaca que é preciso evitar hábitos alimentares não saudáveis. “O consumo frequente de produtos industrializados - que possuem inúmeros aditivos químicos -, por exemplo, além de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, acarreta aumento de tecido adiposo e favorece a produção excessiva de hormônios, que intensificam o fluxo menstrual, visto como uma das causas da endometriose”, explica.
De acordo com a nutricionista, há estudos que orientam para a restrição da ingestão de carne vermelha, embutidos, enlatados e para um maior consumo de vitaminas e minerais antioxidantes, por meio da alimentação balanceada. Essas são boas estratégias para a redução dos sintomas. “É indicado, tanto para prevenção como para auxiliar no tratamento, consumir frutas e verduras diversas - pelo menos três porções ao dia -, leite e derivados, e alimentos ricos em ômega 3, como peixes, azeite e castanhas”, acrescenta.
Outra medida de precaução é evitar o uso de recipientes plásticos com Bisfenol A na composição. “O aquecimento destes recipientes pode contaminar os alimentos e, ao serem absorvidos pelo nosso organismo, alterar o sistema endócrino, assim como a produção de diversos hormônios e desencadear várias doenças como a endometriose e cânceres”, alerta.
ENTENDA A ENDOMETRIOSE
Segundo a ginecologista Raquel Silveira, médica cooperada da Unimed João Pessoa, a endometriose se caracteriza pela presença de células endometriais fora do útero. Elas podem se localizar em qualquer lugar, mas frequentemente são encontradas na pelve das mulheres.
De acordo com a especialista, não há uma causa definida, mas teorias para explicar a incidência deste problema. “A mais aceita é a de que o sangue descartado na menstruação também refluiria pelas trompas e cairia dentro do abdômen, onde as células começaram a crescer”, aponta. “O diagnóstico é clínico, devido às queixas da paciente, e complementado com exames de imagem”, explica. Por ter uma causa pouco conhecida, não é algo que possa ser evitado, porém, segundo a médica, existe tratamento cirúrgico e hormonal, além do uso de anti-inflamatórios.
Os sintomas variam desde pessoas que não sentem nada, e só descobrem o problema quando passam por dificuldades para engravidar, até mulheres que sofrem muitas dores pélvicas. Raquel Silveira também destaca o papel fundamental da dieta no controle dos sintomas. “Uma dieta com alimentos que tenham ação anti-inflamatória, vitaminas A, E, B1, B6 e B12, além de fibras e nutrientes que auxiliam na imunidade, como o selênio e o zinco, são indicados. Também é recomendado evitar a ingestão de álcool, chocolate, gorduras saturadas, como frituras, fast food e diminuir o glúten da dieta”, completa.
OFICINA PARA CLIENTES
Para esclarecer as dúvidas e dar orientações sobre este tema, a Unimed João Pessoa vai realizar no dia 28 de abril, das 18h às 19h30, a oficina “Alimentação e Endometriose”, ministrada pela nutricionista Paula Bacalhau. A atividade é on-line, gratuita e exclusiva para clientes da Cooperativa.
Para se inscrever gratuitamente, basta acessar a oficina “Alimentação e Endometriose” no Canal Viver Melhor, aqui Portal da Unimed João Pessoa. Ao se inscrever, o cliente vai ser inserido em um grupo de WhatsApp, onde receberá todas as instruções para participar.
No Canal Viver Melhor, também é possível conferir outras oficinas gratuitas que são oferecidas pela Cooperativa no mês de abril. Todas as atividades são exclusivas para clientes.