O próximo sábado (14) será o Dia D da primeira etapa da 28ª Campanha Nacional de Prevenção de Crianças contra a Poliomielite. Na Paraíba, a meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças menores de cinco anos, que constituem o público-alvo da mobilização. Ou seja, são aplicadas mais de 349 mil doses.
Para atingir a meta, estarão funcionando, das 8h às 17h, 1.612 postos de vacinação em todo o Estado, que contarão com uma equipe de mais de 5,3 mil profissionais. O Ministério da Saúde já enviou para a Paraíba 500 mil doses da vacina contra a pólio. Desde a semana passada, elas estão sendo distribuídas entre as 12 regionais de saúde do Estado.
As crianças devem ser vacinadas mesmo que apresentem tosse, gripe, coriza, diarréias leves, paralisia cerebral, síndrome de Down (Mongolismo), rinites, asmas, desnutrição e doenças crônicas do coração. Além de serem imunizadas contra a pólio, elas também receberão doses contra a hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, gripe, rotavírus, sarampo, rubéola e caxumba. Para o controle da administração das doses, é indispensável que os pais levem o cartão de vacinação ao posto.
SAIBA MAIS
A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, que pode provocar seqüelas permanentes ou levar à morte. O único reservatório da poliomielite é o homem. O vírus se instala e se multiplica no tubo digestivo e logo pode apresentar viremia, com invasão do sistema nervoso central e ataque às células motoras. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular com sensibilidade conservada.
Não existe tratamento específico ou medicamento eficaz contra o vírus da poliomielite. Portanto, a única medida para controlar a doença é a vacinação das crianças menores de cinco anos, pois é neste grupo de idade que acontece o maior número de casos de paralisia.
Há 19 anos, o Brasil não registra casos da doença. O último foi notificado em 1989 na cidade de Sousa, no Sertão paraibano. Por causa dos bons índices de vacinação conseguidos pelos estados, o Brasil foi contemplado em 1994 com o certificado de erradicação da doença.