É provável que você conheça alguém que ronca de vez em quando, ou mesmo que você seja esse alguém que perturba o sono alheio. Roncar normalmente não representa um problema sério para o roncador. Porém, médicos alertam para a banalização do hábito e defendem a procura de um profissional quando o barulho aparece, já que ele pode ser um indício de que há algo de errado com a sua saúde.
O ronco, por exemplo, pode ser indício de apneia - pausa respiratória que ocorre durante o sono. E é aí que mora o perigo. Isso porque a apneia causa uma má oxigenação do cérebro, que aumentando os riscos de infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral). Anos e anos de apneia também podem levar à perda de memória e ao alzheimer
Você sabe o que é o ronco? O ronco, nada mais é que o som emitido quando nossa respiração é parcialmente bloqueada durante o sono. Pode ocorrer em qualquer lugar do canal respiratório, desde os pulmões até a ponta do nariz. Quando o ar passa pelo caminho parcialmente obstruído, os tecidos do canal respiratório - que ficam relaxados durante o sono - vibram e o resultado é aquele som irritante que todo mundo conhece.
A boa notícia, é que, em alguns casos, roncar é uma condição temporária e consequência de uma alergia, resfriado, consumo recente de álcool ou ingestão de remédios para induzir o sono.
Em outros, porém, o ronco pode permanecer por anos como consequência do excesso de peso, deformidades na garganta ou nariz, ou problemas de saúde mais graves. A apneia do sono, por exemplo, é uma síndrome que rompe quase ou completamente a respiração durante o sono e precisa ser tratada. O sono prejudicado deixa a pessoa sonolenta durante o dia e mais suscetível a acidentes e problemas de saúde como a hipertensão.
TRATAMENTO
Veja algumas dicas para ajudar no tratamento do ronco:
- Dilatador nasal: o uso do produto, que também é indicado para quem sofre de sinusite, melhora a passagem do ar pelas vias nasais e pode contribuir para diminuição do ronco em alguns pacientes.
- Perder peso: quando se está acima do peso o ronco aumenta, pois a gordura infiltrada na garganta dificulta a passagem do ar. Quando o paciente emagrece, a obstrução e o ruído diminuem
- Evitar remédios que relaxem: medicamentos como anti-inflamatórios relaxam o corpo de forma muito rápida e intensa, e isso pode contribuir para que a língua atrapalhe a saída do ar.
- Cirurgia de amígdala: quando o paciente tem uma amígdala muito grande que atrapalha a passagem do ar, muitos médicos indicam que ela seja retirada.
- Radiofrequência: o tratamento é feito com aparelho que emite radiofrequências e queima o palato. A região fica atrofiada pelo procedimento e para de vibrar, o que reduz o ronco.
- Dormir de lado: dormir de lado é o tratamento mais barato e eficaz para o problema. Muitos pacientes apresentam ronco temporário e circunstancial, isto é, roncam devido a algum tipo de hábito,como o de dormir com a barriga para cima.
- Aparelho ortodôntico: nos pacientes que tem uma mandíbula mais para trás, os médicos aconselham como medida para evitar o ronco o uso de aparelho ortodôntico.
- Cirurgia de redução da adenóide: muitos médicos indicam uma cirurgia para reduzir a quantidade de tecido concentrado um pouco acima da amígdala.
- Evitar bebidas alcoólicas: outro tipo de ronco que também é considerado temporário e circunstancial, oriundo de hábitos e não de disfunções, é o resultante do excesso de bebidas alcóolicas. O álcool relaxa a garganta e a língua fazendo com que ela \"caia\" e dificulte a passagem de ar, o que faz com o ronco apareça.
- CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas): o aparelho é o tratamento mais indicado para quem tem apneia e deve ser usado toda noite. Ele melhora a oxigenação e evita que o paciente tenha microdespertares para respirar, o que faz com que seu rendimento no dia seguinte aumente
- Aparelho intraoral: o aparelho intra-oral traciona a mandíbula pra frente e não deixa que a língua invada o espaço da passagem de ar, o que faz com que a pessoa não ronque. O aparelho é feito de duas placas que cobrem os dentes e tem mobilidade na mandíbula. O uso é indicado tanto para quem tem apenas o ronco primário, que não está associado à apneia, quanto para os que apresentam pausas respiratórias durante a noite.
Com informaçõies do site Uol.