As quedas representam a principal causa de atendimentos a crianças de zero a nove anos nas unidades de urgência e emergência do País. Pesquisa do Ministério da Saúde revelou que, dos 10.988 atendimentos a crianças nessa faixa etária, 5.540 (50,4%) foram provocados por quedas. Os dados mostram ainda que o perigo nem sempre está nas ruas. A maioria das quedas, 3.838 (69%), ocorreu dentro da residência das vítimas.
Do total de quedas registradas pela pesquisa, 2.626 (47%) foram de crianças que caíram do mesmo nível, ou seja, foram causadas por tropeções, pisadas em falso ou desequilíbrios.
A parte do corpo mais atingida foi a cabeça com 2.445 (44%) ocorrências, seguida pelos braços com 1.720 (31%) e pernas com 760 (13,7%) registros. As lesões mais frequentes foram os cortes com 1.426 (26%) notificações. Em seguida, estão as contusões com 1.234 (22%) e fraturas com 955 (17,2%).
A pesquisa faz parte do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA). As informações foram coletadas em 84 unidades de urgência e emergência de 37 cidades brasileiras entre setembro e outubro de 2007. Para o Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério, o número de quedas é expressivo.
PREVENÇÃO
A supervisão de um adulto ou responsável que responda pela segurança da criança é o primeiro cuidado para a prevenção de acidentes. Dentro de casa, a coordenadora chama atenção para tapetes soltos, passadeiras e brinquedos espalhados pelo chão, que podem provocar tropeções. Outro cuidado é com as janelas, que sempre devem estar protegidas por meio de grades ou redes de proteção para evitar acidentes mais graves.
O ajuste na grade do berço também é importante. As quedas de berços são freqüentes e crianças que estão começando a engatinhar são mais vulneráveis a quedas se a proteção não estiver ajustada de acordo com sua idade.
Na rua, o ideal é que a criança fique em um local protegido como parquinhos ou ruas sem saída. Ao praticar atividades como skate ou patins, sempre usar os equipamentos de segurança: capacete, joelheira etc. No caso da bicicleta, colocar as rodinhas de apoio quando as crianças ainda são pequenas e não têm equilíbrio.
Em casos de desmaios, cortes com sangramento abundante, fraturas, dor intensa ou inchaços, o pai ou responsável deve procurar a unidade de saúde mais próxima.
(Com informações do Ministério da Saúde)