O que drogas, “barato” e violência têm a ver com contos de fadas? Tudo, segundo o psiquiatra da infância e adolescência, Hermano José Falcone de Almeida. Ele adaptou o clássico “Chapeuzinho Vermelho”, de Charles Perrault, para alertar os pais sobre os perigos das drogas e da violência urbana.
“Vestidinho Vermelho”, como chamou a personagem do artigo, foi à casa da avó, mas, no caminho encontrou um “lobo bonito, com olhos brilhantes e profundos”, fazendo referência aos traficantes de drogas. “Perguntou-lhe para onde estava indo e prontificou-se a ir com ela, sendo que o lobo ia por um caminho e a menina por outro. A jovem, totalmente encantada, aceitou. Antes de partir, o lobo a entregou uma pedra e pediu para ela fumar, pois a faria ficar mais alegre”, ilustrou.
“Ao chegar à casa da vovozinha, sob o efeito da droga, não discerniu o que estava ocorrendo e pulou na cama, onde se encontrava o lobo. Este a devorou em três segundos e, ainda com sangue na boca, cheirou cocaína, tirou do bolso um saco cheio de crack e ice e foi vender, alegre, na orla marítima”, complementou.
Sempre relacionando as personagens do conto infantil à modernidade, o psiquiatra enfatizou a importância da presença dos familiares durante o desenvolvimento da criança até chegar à fase adulta e independente, além de mostrar às crianças, de forma direta e clara, que o caminho mais fácil nem sempre é o mais saudável.
O artigo foi publicado na seção “Consultório Médico” da coluna Unimed Saúde, veiculada todos os domingos nos jornais O Norte, Correio e Jornal da Paraíba. Quem preferir, pode conferir a versão on-line do texto, clicando aqui.