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Preconceito dificulta tratamento de doenças que afetam os homens

Publicada em 19/11/2012 às 13h

Urologistas elaboraram sugestões para ações voltadas à saúde do homem Urologistas elaboraram sugestões para ações voltadas à saúde do homem

O desconhecimento e o preconceito são o maior obstáculo no tratamento de doenças masculinas nas Américas do Sul e Central. A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Aguinaldo Nardi.

Entre as doenças, uma das que mais preocupam é o câncer de próstata, segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), essa doença deverá atingir, somente em 2012, cerca de 60 mil homens.

Para diminuir o preconceito e o desconhecimento, Nardi defende campanhas para estimular o homem a fazer \"check ups\" com frequência. \"O homem latino, de maneira geral, acha que é herói, que nada vai acontecer com ele, e tem um preconceito brutal com o exame de próstata, que é feito por meio do toque retal. O exame dura menos de dez segundos e não fere a masculinidade de ninguém\", afirma Nardi.

Segundo ele, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado proporcionam a cura em 90% dos casos de câncer de próstata. Ele lembra que é recomendável fazer o exame de toque retal a partir dos 45 anos. Quando há casos na família, os exames devem ser feitos antes, aos 40 anos.

Também são comuns entre os homens a hiperplasia da próstata, a disfunção erétil, a deficiência androgênica do envelhecimento masculino (redução gradual da testosterona no sangue), a varicocele (varizes nas veias da região do escroto), a fimose, o câncer de pele e o de pênis. \"No caso do câncer de pênis, cerca de mil homens têm o pênis amputado no país, por ano, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste\", informou Nardi.

SAÚDE MASCULINA

Sábado (17), foi o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Para lembrar a data, na semana passada, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realizou no Rio de Janeiro o 1º Fórum Sul-Americano de Saúde do Homem. Durante o evento, urologistas das Américas do Sul e Central prepararam um documento com sugestões de políticas públicas para o combate a doenças masculinas, que será entregue à Organização das Nações Unidas (ONU) e aos órgãos de saúde da região.

Os urologistas que participaram do fórum defenderam que os hospitais públicos dos respectivos países sejam equipados com as novas tecnologias disponíveis no mercado, como a robótica, e que os sistemas de saúde pública aumentem a oferta de remédios específicos para doenças relacionadas ao sexo masculino.

O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ocorre na semana em que se lembra o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens brasileiros. De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença deve atingir, somente neste ano, cerca de 60 mil homens.

Fonte: Agência Brasil