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Portadores de diabetes precisam ficar atentos à saúde dos olhos

Publicada em 17/11/2007 às 10h40

Doença complexa e progressiva, o diabetes apresenta diversas complicações, a exemplo da retinopatia diabética. Por isso, é preciso um acompanhamento regular para evitar que o problema se agrave. Este assunto foi abordado na palestra “Diabetes e o Olho”, ministrada pela oftalmologista Isabella Bezerra Wanderley de Queiroga no 3º Encontro dos Grupos de Educação Terapêutica em Diabetes da Unimed JP.

Durante a evolução da Retinopatia Diabética, um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina, que é a região conhecida como “fundo de olho”, causando estreitamento e, às vezes, bloqueio do vaso, além de enfraquecimento da sua parede. Estes micro-aneurismas freqüentemente rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina. Estudos apontam que a retinopatia diabética atinge mais de 75% das pessoas que têm a doença há mais de 20 anos.

A oftalmologista Isabella Queiroga explicou que os fatores de risco da retinopatia são o tempo que a pessoa tem diabetes, o controle inadequado da doença e a anemia. Ela alertou que, para o controle eficaz, além de ir regularmente ao oftalmologista a pessoa precisa seguir uma rotina de exames. Ela citou como fundamentais o registro periódico da acuidade visual, o mapeamento da retina, a retinografia (registro fotográfico do que se vê no mapeamento) e, para situações específicas, a retinografia com contraste.

Segundo ela, o momento certo para começar a fazer o exame de retina varia de acordo com o tipo de diabetes e a época em que se desenvolveu a doença. Pessoas que descubram ser portadores antes dos 30 anos de idade, devem fazer o exame de rotina cinco anos depois do diagnóstico; se tem mais de 30 anos, é importante fazer na época da descoberta; e durante a gravidez o exame tem que ser realizado já no primeiro trimestre da gestação.

Isabella Queiroga lembrou que o controle do diabetes depende muito do envolvimento dos pacientes. Ela disse que os participantes do encontro são felizardos porque, além de terem acesso ao tratamento, ainda recebem informações graças ao programa UniDia.