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Pesquisa mostra que Brasil possui mais crianças com sobrepeso que EUA

Publicada em 13/07/2010 às 07h

Ao contrário do que muita gente pensa, criança fofinha não é sinônimo de criança saudável. Ceder a todos os pedidos de guloseimas dos pequenos pode ser a solução mais fácil para acabar com birras e choradeiras, mas pode ser também um impulso para formar um adulto obeso e com altos riscos de doenças cardiovasculares e de pressão alta.

Uma pesquisa coordenada pelo pediatra Mauro Fisberg da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que 22% das crianças com idades entre dois e cinco anos estão com sobrepeso – porcentagem maior do que a do país mais gordo do mundo, os Estados Unidos - e 6% já estão mais de 15% acima do peso, ou seja, estão obesas.

A obesidade é fator de risco para várias doenças, como diabetes tipo 2 e hipertensão. Além disso, a criança gordinha pode ser alvo de piadas e brincadeiras de mau gosto dos colegas. O pior é que, em muitos casos, o problema de excesso de peso demora a ser solucionado e isso eleva os riscos de complicações na vida adulta. De acordo com uma matéria da Revista Veja, de cada 100 meninos e meninas com obesidade aos dez anos, 80% se tornam um adulto obeso. 

ROTINAS SAUDÁVEIS

Quanto antes os pequenos adquirirem rotinas alimentares saudáveis, melhor para o seu crescimento e desenvolvimento. Os pais têm grande responsabilidade sobre isso, pois são quem geralmente decide o que os filhos vão comer e em quem os pequenos mais se espelham. A educação recebida e o meio em que se vive exercem grande influência na formação dos hábitos alimentares.

Portanto, é importante tentar identificar dentro de casa o que pode estar afetando de maneira negativa a incorporação de um comportamento saudável à mesa. Um hábito muito comum é querer que a criança coma alimentos nutritivos, enquanto os adultos estão consumindo lanches ou ainda colocar guloseimas longe do alcance da garotada, mas ao alcance dos olhos – o que pode atiçar ainda mais a vontade.

 

DICAS IMPORTANTES

Veja algumas dicas para evitar costumes negativos e ajudar os pais com a educação alimentar dos filhos:

- Não substitua a comida que a criança rejeitou por lanches

- Sirva frutas e legumes todos os dias

- Tente não transformar a ida ao fast food em um programa de família

- Leve os pequenos à cozinha para que eles entrem em contato com a forma de preparo de diferentes alimentos, o que pode ajudar e despertar a vontade de experimentá-los. Lembre-se sempre de ficar atento às medidas de segurança

- Procure fazer as refeições em família

- Seja exemplo de bons hábitos alimentares, pois a criança aprende muito por imitação

- Não ofereça guloseimas antes da criança completar dois anos de idade

- Sirva os alimentos em formatos diferentes e divertidos

- Não force a criança a comer o que ela não quer

- E tenha paciência. As birras à mesa e a rejeição aos alimentos mais saudáveis podem ser bastante comuns e os pais devem encontrar a melhor maneira para lidar com isso, sem transformar o fato em brigas e discussões.

(Com informações da Agência de Notícias da Unimed do Brasil)