Terminou agora há pouco a primeira palestra do segundo dia do 8º. Simpósio Paraibano de Cooperativismo Médico. A apresentação do diretor da ANS, Alfredo Cardoso, permitiu às pessoas que estavam assistindo ter um completo um raio- x do Sistema de Saúde Suplementar do país.
Durante a apresentação, Alfredo Cardoso, falou sobre a criação do setor, que, segundo ele, se deu na região metropolitada de São Paulo, motivada pela insatisfação de alguns empresários com o absenteísmo nas empresas. “Naquela época, o setor atendia a população que se enquadrava na classe C. O risco financeiro era pouco, mas os planos tinham muitas limitações”, explicou.
Alfredo Cardoso explicou que em 88, a Constituição Federal reconhece a saúde privada como setor regulado, e em 2000 surge a lei 9.961/00, que regulamenta a criação da Agência Nacional de Saúde (ANS), como autarquia vinculada ao Ministério da Saúde. Segundo o palestrante, este novo cenário configurou algumas mudanças no setor. “Antes as operadoras tinham livre atuação, com a criação da ANS elas passaram a ser reguladas”, explicou. Com isso, acabou as limitações dos planos e risco financeiro para as operadoras passou a ser grande.
Atualmente, mais de 60% dos planos de saúde de beneficiários do país são regulamentados. As cooperativas médicas- que são no país 358 das 1,4 mil existentes no setor- detém 38,4% da receita do setor. 54% dos planos do setor são coletivos, e esse número vem crescendo, enquanto 45%, individuais.
O palestrante elencou algumas tendências do mercado, que são a fusão e incorporação das empresas, o aumento da concorrência, o foco no plano coletivo, aumento na utilização da informação, mudança de caráter quantitativo para qualitativo, aumento dos programas de promoção e prevenção da saúde.
No momento estão sendo ministradas as palestras Operadoras e suas obrigações e Responsabilidade Social no Sistema Unimed.