Embaraço, frustração, medo e até depressão. Estes são alguns dos problemas que podem afetar os idosos por causa da deficiência auditiva que surge com a idade, chamada de presbiacusia. A informação é da otorrinolaringologista Maria José Claudino de Pontes (foto), cooperada da Unimed JP. Mas, não é preciso desespero. Atualmente, existem meios de amenizar o problema.
A médica explica que a presbiacusia ocorre devido às alterações degenerativas e fisiológicas no sistema auditivo provocado pelo processo de envelhecimento global. "Apresenta-se com perda auditiva bilateral e simétrica nos sons de alta freqüência, acompanhada de dificuldade de compreender, discriminar a palavra articulada", esclarece.
De acordo com Maria José Claudino, esta é a causa mais comum das perdas auditivas e pode resultar da associação de vulnerabilidade genética com fatores como infecções, intoxicações, trauma, ruído e distúrbios metabólicos e vasculares. "De todas as privações sensoriais que afetam o idoso, a deficiência auditiva é a que gera um dos mais incapacitantes distúrbios da comunicação, podendo ter severas conseqüências", destaca a médica. "Produz um profundo impacto em seu relacionamento familiar e vida psico-social, levando ao isolamento e, como conseqüência, ao desencadeamento de problemas psicológicos: embaraço, frustração, medo e depressão", informou.
Maria José Claudino, no entanto, tranqüiliza as pessoas que começam a sofrer com este tipo de problema. "A forma de amenizarmos os efeitos negativos no presbiacúsico é a utilização de recursos tecnológicos, como as próteses auditivas, que cada dia melhoram seu desempenho, e programas de reabilitação que auxiliam o idoso portador de deficiência auditiva, bem como seus familiares, a lidarem com as dificuldades decorrentes desta deficiência", disse.
COLUNA UNIMED SAÚDE
O tema "Presbiacusia" foi abordado na seção "Consultório Médico" da edição de ontem (21) da coluna "Unimed Saúde". Produzida pelo Departamento de Marketing e Comunicação da Unimed JP, ela é publicada aos domingos nos jornais Correio da Paraíba, O Norte e Jornal da Paraíba. Qualquer pessoa pode sugerir temas para a sessão. Para tanto, basta enviar e-mail para [email protected].