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Mulheres enfrentam mais dificuldade no mercado de trabalho que homens

Publicada em 01/05/2009 às 12h49

Mulheres enfrentam mais dificuldade no mercado de trabalho que homens

De acordo com o terceiro objetivo do milênio, o acesso de mulheres e homens a todos os níveis de ensino deve ser igual até 2015. No Brasil, as mulheres estão ligeiramente à frente dos homens nesse sentido, o que não quer dizer que esse objetivo deva ser ignorado no País.

É preciso verificar as razões pelas quais as mulheres encontram dificuldades para inserir-se igualitariamente em outros campos da sociedade, como o mercado de trabalho e a representatividade política. E, já que o objetivo é promover a igualdade entre os sexos, é preciso entender o que impede os meninos de permanecer na escola e tomar atitudes para que essa situação se equilibre.

Especialistas dizem que tanto o mau desempenho dos meninos na escola quanto a baixa presença de mulheres em outros campos da sociedade parecem ter uma origem comum: o pensamento discriminatório de que o lugar dos homens é “lá fora”, trabalhando pelo sustento da família e tomando grandes decisões, e que as mulheres devem ficar em casa, cuidando dos filhos e realizando trabalhos domésticos. Seguindo esse raciocínio, elas “teriam mais tempo” para estudar.

No Ensino Fundamental, o número de alunos matriculados é quase igual para os dois gêneros, mas elas tiram notas mais altas e reprovam menos. A partir do Ensino Médio, elas se destacam bastante em número. No Ensino Superior, por exemplo, há 30% mais mulheres que homens, e essa diferença vem aumentando.

Mesmo estudando mais, elas enfrentam mais dificuldades para conseguir um emprego. Há uma tendência de aumento de postos de trabalho preenchidos por mulheres, mas a disparidade ainda é grande: 72,9% dos homens tinham trabalho em 2003, contra apenas metade da população feminina. Também há mais homens com carteira assinada (32%) que mulheres (25%), exceto em cargos públicos concursados, os quais elas conquistam com mais facilidade (vantagem de oito pontos percentuais).

A participação feminina na esfera política ainda é tímida, apesar de ter sido ampliada. Em 2006, somente três mulheres foram eleitas para o cargo de governador, e do conjunto de representantes empossados na Câmara Federal, menos de cinqüenta são deputadas. Contudo, quanto ao poder de influência, as mulheres têm se sobressaído. São exemplos dessa tendência: a presença de Ellen Gracie na presidência do Supremo Tribunal Federal, e a alta visibilidade da senadora Heloísa Helena, que permaneceu nos noticiários durante todo o seu mandato (de 1998 a 2006) e foi candidata à presidência do Brasil.

OBJETIVOS DO MILÊNIO SEM RACISMO

• As mulheres vêm, lentamente, conseguindo cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Mas o caminho tem sido mais difícil para as negras, que aumentaram sua participação em apenas 2,3 pontos percentuais entre 1992 e 2003, enquanto as brancas conquistaram 4,5 no mesmo período. Além disso, os salários e condições de trabalho das negras são piores;

• Dos 6,7 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, 5,7 milhões são mulheres e mais da metade são negras. Só 26% delas trabalham com carteira assinada, confirmando a idéia de que o trabalho doméstico é marcado pela informalidade e pela exploração;

• Os salários dos negros são 50% menores que os dos brancos.

(Com informações do portal Aprende Brasil)

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