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Mulheres brasileiras alimentam bebês com leite materno até 2 meses

Publicada em 09/08/2008 às 08h

Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar que o leite materno seja o alimento exclusivo dos bebês nos seis primeiros meses de vida, pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, há dois anos, mostrou que no Brasil a média é de apenas dois meses. Para orientar as mulheres sobre a importância da amamentação, a Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP) montará um estande neste sábado (9) no Manaíra Shopping, na Capital, para dar informações sobre o aleitamento materno.

De acordo com a presidente da SPP, Gilca de Carvalho Gomes, pediatras estarão disponíveis no local das 14h às 18h para prestar esclarecimentos à população. Ela informou que a ação faz parte das iniciativas da SPP programadas para a Semana Mundial de Aleitamento Materno que foi aberta no dia primeiro deste mês e será realizada na Capital até este sábado.

Gilca Gomes informou que a SPP também está realizando uma campanha para arrecadar recipientes para armazenamento de leite humano. São aceitos vidros do tipo usado para café solúvel e maionese com tampa de plástico. Os recipientes serão doados para o Banco de Leite Humano Anita Cabral, que é ligado à Secretaria Estadual da Saúde e referência nesta área na Paraíba. Gilca Gomes disse que as pessoas que quiserem contribuir com a campanha podem entregar os vidros neste sábado (9) no estande, que será instalado em frente à Loja Centauro, no térreo do Manaíra Shopping.

Alimento completo

O leite materno é considerado um alimento completo. Após os seis meses de vida do bebê, a recomendação é que as mães continuem amamentando até os dois anos de idade utilizando alimentos complementares. “Amamentar é a forma mais natural e perfeita que Deus nos deu para promover a saúde dos nossos bebês”, afirmou a pediatra Sandra Giovana Macedo Dantas, membro do Comitê de Aleitamento Materno da SPP.

De acordo com a médica, além de oferecer todos os nutrientes que os bebês precisam para se desenvolver, o leite materno está sempre pronto, na temperatura ideal; fornece anticorpos, protegendo contra doenças como diarréia, pneumonia, asma, otite e resfriado; acelera todo o desenvolvimento neurológico como, por exemplo, a aquisição da fala, o sentar, o andar; e fortalece o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, já que no momento da amamentação há troca de carinho e doação de amor de ambas as partes, o que torna a criança mais feliz, segura e inteligente.

A médica lembrou que a Semana Mundial de Aleitamento Materno tem como tema, este ano, "Nada mais natural que amamentar. Nada mais importante que apoiar”. “Para que a amamentação seja plena, é fundamental o apoio das pessoas que cercam esse binômio mãe-bebê, ou seja, do pai, das avós, dos avôs”, alertou Sandra Giovana.

Segundo a pediatra, a mãe tem que se sentir tranqüila, confiante de que seu leite não é fraco, insuficiente, salgado ou doce e de que ele irá suprir todas as necessidades do seu filho. Ele disse que, ao retornar ao trabalho, a mãe poderá continuar oferecendo seu leite previamente retirado e acondicionado em recipiente de vidro.