O Movimento Nós Podemos Paraíba participou da solenidade de lançamento do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Criança e Adolescente. Ele foi representado pela coordenadora Núbia Gonçalves, que também é supervisora do Instituto de Responsabilidade Social da Unimed JP, UniGente.
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O evento ocorreu na tarde de terça-feira (18), no auditório do Unipê, em João Pessoa, e reuniu representantes do Governo da Paraíba, Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho, Procuradoria Federal, Justiça da Vara da Infância e Adolescência e organizações não-governamentais.
O plano foi lançado durante o I Colóquio sobre Estratégias de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. A iniciativa foi da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e prevê a implantação de políticas públicas pelos próximos dez anos. Campanhas educativas, assistências médica, social, psicológica e jurídica, além de capacitação de equipes da saúde e mapeamento dos pontos de exploração sexual farão parte das medidas.
A secretária de Estado de Desenvolvimento Humano, Guicélia Figueiredo, destacou a importância da parceria com o Movimento Nós Podemos Paraíba e ressaltou que a sociedade tem papel fundamental na luta contra os abusos e exploração sexual dos menores de idade.
"As ações previstas nesse plano serão implantadas durante o período de dez anos e serão divididas em seis eixos estratégicos: diagnóstico, avaliação, mobilização, prevenção, tratamento e protagonismo juvenil. Mas só conseguiremos êxito se contarmos com o apoio da sociedade. Daí, a importância de termos ao nosso lado o Movimento Nós Podemos Paraíba", completou.
FLAGELO SOCIAL
De acordo com Núbia Gonçalves, a violência sexual contra crianças e adolescentes é um flagelo social que só será vencido com a união entre governo e sociedade. Ela destaca que o Movimento Nós Podemos Paraíba se engajou nessa luta com a missão de mobilizar instituições públicas e privadas.
“O Nós Podemos Paraíba é coordenado pelo Instituto UniGente, que por sua vez, tem um memorando de entendimento com a Organização das Nações Unidas. Por conta disso, o UniGente entende que tem o papel de disseminar e agregar valores às políticas voltadas aos Oito Objetivos do Milênio, dos quais o combate à exploração sexual faz parte de forma indireta”, explicou.
Além de oferecer assistências social, psicológica, medica e jurídicas às vitimas e a seus familiares, o plano pretende inserir essas pessoas em programas de moradia, profissionalização e geração de trabalho e renda.
ESTATÍSTICAS
Dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Humano revelam estatísticas preocupantes. Só em 2009 houve 4.024 casos de violência contra meninos e meninas, de acordo com o Centro de Referência Especializada da Assistência Social (Creas).
Desses, 1158 foram abusados sexualmente, 1247 foram vítimas de negligência, 848 sofreram violência psicológica, 407 crianças e adolescentes foram fisicamente violentados e 355 explorados sexualmente.
