Um estudo feito pelo Ministério da Saúde constatou que houve aumento no número de mortes por doenças relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. O número passou de 10,7 mortes por 100 mil habitantes em 2000 para 12,64 em 2006, o que corresponde a uma elevação em 18,3% em seis anos.
Os dados usados pela pesquisa foram retirados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no Brasil referentes aos anos de 2000 a 2006. Neste período, mais de 92 mil óbitos foram ocasionados por doenças relacionadas exclusivamente ao uso do álcool.
Apesar de o País estar dentro da média mundial, o Ministério da Saúde considerou o aumento preocupante. “O índice varia de país para país. No México, por exemplo, onde álcool está muito integrado à cultura local, o número de mortes tem proporções maiores, já nos países islâmicos o hábito é bem diferente e por isso os dados são inferiores. No Brasil, os dados mostram o uso frequente e prolongado e precisamos ficar atentos”, alertou a coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
A pesquisa analisou exclusivamente a exposição crônica do álcool, ou seja, o uso prolongado de grandes quantidades. Dentre as causas de mortalidade mais comuns estão a cirrose, a pancreatite aguda e crônica (a que mais mata), doenças cerebrovasculares, envenenamento pelo álcool, entre outras.
Deborah Malta orienta que as pessoas ingerem bebidas alcoólicas em excesso, com frequência procurem uma assistência médica. “O uso do álcool por longo prazo leva a doenças que podem ser fatais. As pessoas devem procurar uma unidade de saúde mental em seu município que atenda a usuários de álcool e drogas. Outra opção é buscar a assistência em terapias de grupo como o que é feito, com muito sucesso, pelos Alcoólicos Anônimos”, concluiu.
(Com informações do Ministério da Saúde)