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Mitos sobre doação de órgãos colaboram para baixa adesão à causa

Publicada em 15/04/2010 às 11h25

A doação de órgãos, um ato que pode salvar ou melhorar a vida de um número enorme de pessoas, é um assunto cercado por mitos que colaboram para os baixos índices de adesão à causa. 

Para se ter uma ideia, no Brasil existem de 40 a 60 potenciais doadores de órgãos por milhão de pessoas anualmente. No entanto, apenas entre 8 e 10 por milhão de brasileiros tornam-se doadores. Ou seja, em um universo de 190 milhões de pessoas, menos de 2 mil doam seus órgãos após a morte.

Nas próximas sexta (16) e sábado (17), a Unimed JP vai promover um evento para discutir o assunto com especialistas renomados na área de transplante do País e da Paraíba. O I Simpósio de Doação e Transplante de órgãos do Hospital Unimed JP será realizado no Littoral Hotel, no Cabo Branco. 

O evento é destinado a médicos cooperados e estudantes de Medicina. As inscrições para médicos cooperados podem ser feitas aqui pelo portal da Unimed JP. Clique aqui. As vagas para estudantes já foram preenchidas.

Durante os dois dias do evento, serão discutidos assuntos como  a situação de transplante no Brasil e na Paraíba, questões éticas, critérios de exclusão de potenciais doadores, diagnóstico de morte encefálica, cuidados com o doador, aspectos psicológicos do paciente, transplante de coração, de fígado e de rim e anestesia nos transplantes.

A programação completa também está disponível na internet. Para conferi-la, clique aqui.

O 1º Simpósio de Doação e Transplante de Órgãos do Hospital Unimed JP é uma iniciativa da Secretaria de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Humano, através da Coordenação de Educação Cooperativista.

FALSO E VERDADEIRO

O desconhecimento e a falta de informação sobre a morte encefálica ainda é um empecilho na hora da autorização da doação, pois os familiares têm esperança de recuperação do paciente, pois o coração continua batendo e todos os órgãos funcionando, somente porque há ajuda de aparelhos e medicação.

Vários mitos dificultam a adesão à causa. Veja quais são:

VERDADEIRO. Para se tornar doador, não é necessário deixar nada por escrito.

Uma comunicação verbal é o suficiente, já que apenas a família pode autorizar a remoção dos órgãos após a morte.

FALSO. A condição social ou financeira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes.

VERDADEIRO. Hoje 80% dos transplantes são realizados com sucesso no país.

FALSO. Idosos ou pessoas que tiveram alguma doença não podem ser doadores. Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadores, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que podem ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente.

VERDADEIRO. Até mesmo as religiões que são contrárias à transfusão de sangue não interferem na decisão de doação.

FALSO. A doação deixa o corpo desfigurado. Os órgãos e tecidos doados são removidos por meio de uma operação cirúrgica. Portanto, a doação não desfigura o corpo.

VERDADEIRO. Para viabilizar a doação de órgãos após a sua morte, é preciso ter confirmada a morte encefálica, mas o paciente deve ter o coração batendo com o auxílio de aparelhos.