• Início
  • Notícias
  • Mitos atrapalham doação de órgãos; saiba quais são e ajude a salvar vidas

Notícias

Mitos atrapalham doação de órgãos; saiba quais são e ajude a salvar vidas

Publicada em 19/01/2011 às 00h

Hospital é o único autorizado a realizar vários tipos de transplantes na PB Hospital é o único autorizado a realizar vários tipos de transplantes na PB

Medo da venda dos órgãos ou da aparência do corpo após o transplante são apenas alguns dos mitos que atrapalham a captação de órgãos por instituições de saúde no Brasil inteiro. No entanto, segundo informações da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o que mais impede um aumento do número de doadores ainda é a ausência de informação sobre a vontade do parente que morreu.

Por causa disso, milhares de pessoas ainda aguardam na fila de espera por um transplante no país. Mesmo assim, em que pese à falta de informações das pessoas ou os problemas do sistema de saúde, o qual ainda se mostra insuficiente para atender as necessidades da população em sua plenitude, desenvolveu-se no Brasil uma notável capacidade técnica para a realização de transplantes.

ALTA COMPLEXIDADE

Na Paraíba, o Hospital Unimed JP detém o título de pioneiro no Estado na realização de transplantes. A instituição é a única autorizada pelo Ministério da Saúde a realizar transplantes de coração, fígado, rins e conjugado (rins e pâncreas, simultaneamente).

Para a realização destes procedimentos de alta complexidade, a instituição conta com equipamentos de ponta e infraestrutura específica, como centro cirúrgico equipado com monitores que possibilitam a retirada e o transplante dos órgãos simultaneamente e uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com leitos adultos e pediátricos, destinados exclusivamente para os clientes pós-transplante. Todos regidos pelas normas do Sistema Nacional de Transplante (SNT).

Aliada a todo o aparato tecnológico, existe uma equipe multiprofissional, formada por 15 profissionais especialistas no assunto. Eles fazem parte da Comissão Intra-Hospitalar de Transplante e Doação de Órgãos e Tecidos do Hospital Unimed JP (CIHDOTT), criada no dia 14 de maio de 2008.

QUEM PODE DOAR?

Apesar desse fato e da fantástica evolução da tecnologia médica em favor da vida, o fato real é que o sucesso dos transplantes, como nenhuma outra terapia, depende da participação da sociedade através da doação de órgãos.

Qualquer pessoa pode doar órgãos. Nenhuma religião é contra a doação. Pelo contrário, toda religião apóia o amor aos outros, que inclui o ato de doar-se. Para um transplante de órgãos, só importa a compatibilidade entre o doador e as várias pessoas que esperam um coração, um pulmão, um rim. Enfim, uma nova vida.

O Ministério da Saúde e instituições como a ABTO incentivam as pessoas a debaterem mais o assunto em suas casas, no trabalho, na escola e descubram como cada um poderá ajudar a promover a doação de órgãos.

VERDADES E MENTIRAS

É importante que as pessoas desmitifiquem os mitos e conservem o dom de salvar vidas através do simples ato de comunicar à família que quer ser um doador de órgãos e tecidos.

Veja abaixo algumas verdades e mentiras em torno da doação de doação de órgãos. As informações são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Confira:

Mito: Se os médicos do setor de emergência souberem que você é um doador, não vão se esforçar para salvá-lo.

Verdade: Se você está doente ou ferido e foi admitido no hospital, a prioridade número um é salvar a sua vida. A doação de órgãos somente será considerada após sua morte e após o consentimento de sua família.

M: Quando você está esperando um transplante, sua condição financeira ou seu status é tão importante quanto sua condição médica.

V: Quando você está na lista de espera por uma doação de órgão, o que realmente conta é a gravidade de sua doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes.

M: Necessidade de qualquer documento ou registro expressando minha vontade de ser doador.

V: Não há necessidade de qualquer documento ou registro, apenas informe sua família sobre sua vontade de ser doador.

M: Somente corações, fígados e rins podem ser transplantados.

V: Órgãos necessários incluem coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e intestinos. Já os tecidos que podem ser doados incluem: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões.

M: Seu histórico médico acusa que seus órgãos ou tecidos estão impossibilitados para a doação.

V: Na ocasião da morte, os profissionais médicos especializados farão uma revisão de seu histórico médico para determinar se você pode ou não ser um doador. Com os recentes avanços na área de transplantes, muito mais pessoas podem ser doadoras.

M: Você está muito velho para ser um doador.

V: Pessoas de todas as idades e históricos médicos podem ser consideradas potenciais doadoras. Sua condição médica no momento da morte determinará quais órgãos e tecidos poderão ser doados.

M: A doação dos órgãos desfigura o corpo e altera sua aparência na urna funerária.

V: Os órgãos doados são removidos cirurgicamente, numa operação de rotina, similar a uma cirurgia de vesícula biliar ou remoção de apêndice. Você poderá até ter sua urna funeral aberta.

M: Sua religião proíbe a doação de órgãos.

V: Todas as organizações religiosas aprovam a doação de órgãos e tecidos e a consideram um ato de caridade.

M: Há um verdadeiro perigo de alguém poder ser drogado e quando acordar, encontrar-se sem um ou ambos os rins, removidos para ser utilizado no mercado negro dos transplantes?

V: Essa história tem sido largamente veiculada pela Internet. Não há absolutamente qualquer evidência de tal atividade ter ocorrido. Mesmo soando como verdadeira essa história não se baseia na realidade dos transplantes de órgãos.