O câncer de mama é responsável por cerca de 11 mil mortes, por ano, no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Apesar de ser o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, quando descoberto no início da doença, as chances de cura chegam a 95%
O problema é que metade dos casos só é descoberta com a doença em estágios avançados. Mas por que isso acontece?
Várias são as razões. Uma delas é que as brasileiras ainda acreditam em muitos mitos sobre o câncer de mama que comprometem o diagnóstico precoce e dificultam o tratamento.
ESCLAREÇA
Confira abaixo alguns mitos sobre o câncer de mama, que podem comprometer a prevenção ou até um diagnóstico precoce:
- MITO: Só as mulheres com histórico familiar fazem parte do grupo de risco
Ser filha ou irmã de mulheres que tiveram a doença é um fator de risco importante -mais ainda nos casos em que o problema começou antes da menopausa. Mas vir a desenvolver ou não um câncer de mama não depende da hereditariedade: apenas 8% das pacientes têm, de fato, outros casos na família.
- MITO: Nódulos nos seios predispõem ao câncer
Ter nódulos durante um período ou mesmo por muito tempo não significa que a mulher tenha mais ou menos propensão a desenvolver esse tipo de câncer. E vale lembrar: um nódulo benigno sempre será benigno.
- MITO: A mamografia previne a doença
O fato de a mulher se submeter à mamografia não impede o surgimento do câncer. No entanto, quem faz o exame periodicamente tem mais chances de descobrir sinais da doença bem no início, o que é altamente recomendável.
- MITO: A mutilação é sempre inevitável
Era mesmo assim, no passado. Hoje, dá para contar com novos procedimentos cirúrgicos que preservam a mama. Essa possibilidade, porém, depende de muitos fatores, tais como a relação entre o tamanho da mama e o do tumor, o estágio da doença etc.
- MITO: A retirada preventiva da mama impede o surgimento de tumores
Além de ser extremamente radical, esse procedimento não elimina 100% dos riscos, até porque não é possível remover 100% das mamas -e risco mínimo não é igual a zero.
- MITO: Os cabelos nem sempre caem com a quimioterapia
A possibilidade existe, mas é remota, porque essa terapia atua sobre as células que se reproduzem com mais rapidez, como as do bulbo capilar. A boa notícia é que os fios voltam a crescer com o fim do tratamento.
- MITO: O estresse causa câncer de mama
Não há estudos que comprovem isso. O que se sabe é que esse tipo de câncer não está associado a uma causa única -sempre existem inúmeras razões possíveis e que podem ser combinadas das mais diferentes formas.
- MITO: Com relação aos riscos, consumir bebidas alcoólicas não é tão perigoso quanto fumar
Os dois hábitos não são aconselháveis para quem se preocupa com a saúde, de forma geral. Mas, no caso do câncer de mama, já existem estudos mostrando que uma mulher que consome bebida alcoólica diariamente fica mais vulnerável (a desenvolver a doença) do que uma fumante.
- MITO: O câncer de mama é a maior causa de mortalidade feminina no país
As doenças cardiovasculares estão no pódio desse ranking. Apesar de o número de casos de câncer de mama ter crescido nos últimos anos, principalmente entre as jovens, houve um aumento significativo do índice de sobrevivência das pacientes.
- MITO: Uma pancada forte no seio pode detonar o processo que leva ao câncer
Esse tipo de trauma não provoca câncer. Mas, em alguns casos, a mulher passa a massagear os seios doloridos depois de um acidente, e então, sem querer, acaba descobrindo um caroço.
Com informações da revista Marie Claire