Aumentar a segurança do paciente cirúrgico, com a adoção de práticas incentivadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Esse é o objetivo do check-list, método de checagem implantado no Hospital Unimed JP há um mês.
O procedimento é realizado por um enfermeiro, em três etapas do processo operatório: antes da indução da anestesia, antes da incisão na pele e antes da saída do paciente da sala cirúrgica. Em cada uma delas, o profissional confere se todos os itens da lista foram cumpridos, antes de passar à etapa seguinte.
Na primeira etapa, são checadas informações referentes à identificação do paciente, tipo de cirurgia e anestesia (alergia, vias aéreas, material para urgência disponível). Em seguida, são confirmados os dados da equipe que fará a cirurgia e realizadas ações de prevenção de perda de sangue e de líquidos. Na terceira etapa, a lista prevê a revisão do pós-operatório e orientações referentes ao acompanhamento e recuperação do paciente após a cirurgia.
Além de tornar as cirurgias mais seguras, a iniciativa facilita a realização dos procedimentos nas sete salas do Centro Cirúrgico do Hospital Unimed JP, onde são realizadas uma média de 750 intervenções por mês.
Elas fazem parte de uma série de ações que estão sendo implementadas na instituição para obtenção da certificação de Acreditação Hospitalar, que atesta a implantação de métodos focados na melhoria da assistência.
OBJETIVOS
O check-list é composto por dez objetivos essenciais que garantem ainda mais a segurança em cirurgias. Confira, abaixo, quais são eles:
1. A equipe opera local correto do paciente correto
2. A equipe utiliza métodos conhecidos para evitar danos pela administração de agentes anestésicos, ao mesmo tempo em que garante analgesia ao paciente
3. A equipe reconhece e se prepara efetivamente para o risco de perda da via aérea ou função respiratória
4. A equipe reconhece e se prepara para o risco de elevada perda de sangue
5. A equipe evita induzir qualquer alergia ou reação adversa a medicamento conhecido por ser um risco ao paciente.
6. A equipe consistentemente usa métodos conhecidos para minimizar os riscos de infecção do sitio cirúrgico
7. A equipe impede a retenção inadvertida de instrumentos ou compressas em feridas cirúrgicas
8. A equipe garante identificação precisa de todos os espécimes cirúrgicos
9. A equipe se comunica efetivamente e troca informações críticas sobre o paciente para garantir uma condução mais segura da cirurgia.
10. Hospitais e sistemas de saúde pública estabelecem uma rotina de vigilância quanto à capacidade cirúrgica, volume cirúrgico e os resultados obtidos.