As pessoas que pretendem viajar neste verão devem redobrar os cuidados. Visitar locais com condições sanitárias precárias e de alta prevalência de infecção pode contribuir com o aumento da incidência da hepatite A.
Transmitida por um vírus, a forma de contágio mais comum é pela ingestão de água ou alimentos contaminados, em especial os frutos do mar. Basta engolir uma pequena gota de água do mar poluída ou beber água de uma fonte contaminada para o vírus se instalar no organismo e causar estrago.
O consumo de alimentos e de líquidos de procedência desconhecida, comercializados em parques, ruas e praias e o consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos provenientes de regiões com baixa taxa de saneamento também são formas de contrair a doença.
As principais vítimas são crianças entre 5 e 9 anos, mas a doença é mais avassaladora nos adolescentes. Nos mais novos, o contato com o vírus é mais ameno, causando apenas canseira, febre e dor de barriga. Já oito em cada dez meninos de 14 anos que pegam a doença sofrem com a urina escura, fezes claras, pele e olhos amarelados e um forte mal-estar.
O vírus entra pela boca e vai até o intestino, onde é absorvido. Depois, viaja até a via mesentérica, que é um sistema de vasos que coleta o sangue deste órgão e o despeja na veia porta, que leva o líquido, já contaminado, ao seu destino: o fígado. É nele que o vírus encontra as condições ideais para se multiplicar. Então, se instala nas células hepáticas, que apesar da invasão, continuam trabalhando. O corpo percebe a presença de invasores e logo trata de expulsá-los, enviando anticorpos, que para se livrar dos inimigos, acabam detonando junto às células do fígado.
VACINA
A vacina da hepatite A é injetável e aplicada desde o início dos anos 1990. É considerada bastante segura, seu grau de eficiência é de 95%. A primeira dose deve ser aplicada a partir de 1 ano de idade e a segunda, depois de seis ou doze meses. Tomadas as duas doses a criança estará protegida pelo resto da vida. Adultos e adolescentes que não se vacinaram na infância podem receber as doses da vacina a qualquer momento. Aqueles que já tiveram a doença não precisam tomá-la.
(Com informações da Agência de Notícias da Unimed Brasil)