Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o primeiro lugar no pódio em casos de Hanseníase, com 21,94 casos a cada 100 mil habitantes. Nesta competição de mal gosto, o País do futebol ultrapassou a Índia, que possui cerca de 10 casos para cada 100 mil pessoas.
“O Brasil precisa com urgência de ações voltadas para o tratamento precoce da doença”, ressaltou a dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional Paraíba. Carla Gayoso. Para a médica não há qualquer razão que justifique esse tipo de incidência no País.
O assunto será discutido neste sábado na Capital, durante o 3º Simpósio Nacional de Hanseníase, que será realizado às 8h, no Hotel Littoral, no bairro do Cabo Branco.
Durante o evento, serão debatidos temas como a situação atual da hanseníase no Brasil, diagnóstico clínico, aspectos imunológicos, a hanseníase e gravidez, lesões neurológicas e prevenção de incapacidades, condutas em casos especiais - Aids e hanseníase e critérios de cura.
Entre os especialistas convidados para realizar palestras estão Joel Lastória, Maria Ângela Trindade, Dilhermano Calil, Maria Leide Van Del Rei e Francisca Estrela Maroja.
O Simpósio, organizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraíba, tem como público-alvo médicos e estudantes de Medicina. Para participar, basta comparecer ao local neste sábado e pagar a taxa. As inscrições custam entre R$ 50 e R$ 130.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele provocando sérios danos. É transmitida pelo ar, e a contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, porém, é pouco provável a cada contato.
Os sinais e sintomas mais comuns da hanseníase são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, edema ou inchaço de mãos e pés, entre outros.
A doença se desenvolve lentamente, mas pode causar reações agudas (febre, caroços no corpo, inchaços) e neurites (dor e formigamento nos nervos, dormência, diminuição da força muscular das mãos e dos pés, acarretando prejuízo de movimentos finos, a exemplo do movimento de pinça com os dedos) e incapacidades físicas que evoluem para deformidades.
PROGRAMAÇÃO
8h – Inscrições e entrega de material
8h30 – Situação atual da Hanseníase no Brasil: Dra. Maria Ap. Grossi (MS):
8h50 – Situação atual da hanseníase na Paraíba: Dra. Geísa Campos (PB):
9h – Diagnóstico clínico da hanseníase: Dra. Astrid Zamora (PB):
9h20 – Tratamento e novas perspectivas: Dra Francisca Estrela D. Maroja (PB):
9h40 - Diagnósticos Diferenciais da Hanseníase: Dra. Luciana Trindade (PB):
9h40 – Discussão
10h00 – Cofee Break
10h30 - Métodos laboratoriais: quais e quando indicá-los: Dr. Marco Andrei Cipriani (SP):
10h50 – Reações: Dr. Joel C. Lastória (SP):
11h10 – Aspectos Imunológicos da Hanseníase: Dr. Maurício Nobre (RN)
11h30 – Lesões Neurológicas e Prevenção de incapacidades: Dra. Geísa Campos (PB):
11h50 - Discussão
12h10 – Almoço
13h30 – BCG e Hanseníase: Dr. João Carlos Simão (SP):
13h50 – Hanseníase e gravidez: Dr. Dilhermando Augusto Calil (SP):
14h10 – Reação X Recidiva: Maria Leide Van Del Rey (SP):
14h30 – Discussão
14h50 – Coffee Break
15h10 – Critérios de cura: Dra. Maria Leide Van Del Rey (RJ):
15h30 – Conduta em casos especiais: AIDS e Hanseníase: Maria Ângela B. Trindade (SP)
16h10 – Discussão
Encerramento