A medicina preventiva tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, promovendo a saúde, por meio de ações educativas e terapêuticas, prevenindo doenças e seus agravos. Mas por que procurar o médico mesmo sem estar doente? A geriatra e médica cooperada da Unimed JP, Eveline Barros, responde esta, entre outras questões em artigo publicado na Coluna Unimed Saúde.

Há algumas décadas, o número de idosos era bem inferior ao observado hoje e as doenças crônicas como artrose ou Alzheimer eram raras. Graças aos avanços da medicina e à melhoria das condições sócio-econômicas da população, as pessoas vivem mais e têm mais chance de apresentarem uma doença degenerativa.

Então, o que buscamos? Uma longevidade mais saudável possível? Como? Segundo a geriatra Eveline Barros, existem fatores hereditários que propiciam o desenvolvimento de determinadas doenças, mas existem também causas  ambientais que prejudicam a saúde e poderiam ser evitados.

“Chamamos estilo de vida saudável quando adotamos práticas saudáveis no decorrer da nossa vida. Se assimilarmos tais práticas como rotineiras, estaremos tornando tais hábitos mais prazerosos, não dependentes apenas das orientações dos profissionais de saúde,” disse.

CONSULTAS PERIÓDICAS

Sobre o papel das consultas médicas periódicas, a médica explica que recentes trabalhos científicos têm mostrado que já é possível estabelecer um mapa de acompanhamento do estado de saúde dos pacientes de acordo com a idade. “Dados epidemiológicos demonstram que o rastreio de uma doença na sua faixa etária de maior risco de surgimento pode diagnosticar mais precoce o problema, evitando maiores danos,” comenta.

A importância em se manter saudável durante toda a vida tem sido uma preocupação que atinge vários setores da sociedade. “Geralmente, a pessoa idosa com menor número de problemas de saúde é mais ativa, feliz, participativa; tende a continuar exercendo papel produtivo na sociedade, traz menos ônus aos Serviços de Saúde,” explica a médica.

LONGEVIDADE

Ainda de acordo com a geriatra, investir em prevenção tem se tornado o alvo de quase todo Sistema de Saúde. Evitar complicações, mortes e internações hospitalares ganha mais significados, além das perdas e consequências que atingem o paciente e sua família.

“Já se constatou que o idoso necessita de mais cuidados, portanto, um atendimento diferenciado e um acompanhamento constante, com especial atenção a tudo que surge como diferente de seus hábitos diários. Todos nós temos um papel decisivo no autocuidado e no cuidar para que se obtenha uma população mais longeva e mais saudável,” conclui.