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Mastologista esclarece porque não se deve temer o exame das mamas

Publicada em 30/06/2007 às 10h19

A mastologista Ana Thereza Uchoa Camacho, segunda palestrante do 3º Encontro sobre Saúde para Clientes e não Clientes da Unimed JP, disse que muitas mulheres temem fazer o exame das mamas porque acreditam que “quem procura, acha” e, se examinando, poderão descobrir ser portadoras de câncer. A médica esclareceu que não há motivos para receio e que a prevenção vai garantir muito mais qualidade de vida para as mulheres.

Na palestra “Prevenção do Câncer de Mama”, Thereza Camacho mostrou o que é preciso saber sobre a saúde das mamas e disse que as participantes do encontro têm a “missão” de serem multiplicadoras das informações. Ela alertou que estimativa do Inca indicam que em 2007 devem surgir 49 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Destes, cerca de 350 serão na Paraíba. Por isso, a prevenção é fundamental.

O evento, que tem como tema “Mulher: um encontro com a saúde”, ainda contará com mais duas palestras, que abordarão “Prevenção do Câncer de Colo do Útero” e “A Maturidade da Mulher”. O encontro faz parte do programa da Unimed JP, desenvolvido através da Secretaria de Promoção da Saúde, que tem a finalidade de possibilitar mais qualidade de vida para a população. Cerca de 250 mulheres estão participando do evento na manhã deste sábado, no auditório master do Sebrae. A previsão de encerramento é13 horas.

FORMAS DE PREVENÇÃO

Mamografia: A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável. 

Auto-exame da mama: O auto-exame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama não é indicado. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo. Portanto, o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade. 

ALERTA

O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.

Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. De acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, o câncer de mama será o segundo mais incidente, com 48.930 casos. (Fonte: Inca)