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Maioria das mulheres desconhece relação entre câncer e HPV

Publicada em 24/05/2013 às 07h

Maioria das mulheres não relacionam a vacina como forme de prevenir cancêr no útero Maioria das mulheres não relacionam a vacina como forme de prevenir cancêr no útero

Pesquisa mostra que 66% das mulheres brasileiras não acham que existe relação entre a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e o câncer do colo do útero. A infecção por esse vírus aumenta em até 100 vezes o risco de a mulher desenvolver esse tipo de câncer.

Para o levantamento, feito pela Associação Brasileira de Patologia no Trato Genital Inferior e Colposcopia em parceira com o Ibope, foram ouvidas 700 mulheres com idade entre 16 e 55 anos, em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife). O objetivo foi entender a percepção feminina sobre o assunto.

Descobriu-se que 18% das mulheres nunca fizeram o exame papanicolau - principal forma de detectar as lesões que podem levar ao câncer do colo do útero - e 13% fizeram apenas uma vez. Além disso, 40% das mulheres não acham que os exames preventivos de rotina podem servir como forma de prevenção à doença.

Segundo a pesquisa, 76% das mulheres ouvidas não relacionam a vacinação contra o HPV como forma de prevenção ao câncer do colo do útero. Estudos mostram que, embora o HPV seja comum (80% da população mundial já foram infectados ao menos uma vez na vida), ele é responsável pelo surgimento do câncer do colo do útero em alguns mulheres mais suscetíveis. Por isso, prevenir o vírus é fundamental.

Uma vacina elaborada a partir de uma partícula semelhante ao vírus, produzida com base na engenharia genética, é uma das formas de prevenir a doença.

A aplicação da vacina contra o HPV é totalmente eficaz antes da primeira relação sexual. Após cinco anos de atividade sexual, 60% das mulheres se infectam

com algum dos 130 genótipos do HPV, sendo que os mais comuns são os tipos 16 e 18, que correspondem a 70,7% dos vírus. Mulheres mais velhas que recebem a vacina também podem ter benefícios, embora contra uma quantidade menor de genótipos. A paciente que já teve HPV e toma a vacina pode se beneficiar contra os outros tipos de HPV. À medida que passa o tempo, o organismo também pode eliminar o vírus.

Com informações da Agência Brasil