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Leite materno pode salvar vidas e deve ser o único alimento até 6 meses

Publicada em 07/03/2010 às 09h

No quesito generosidade, as mães brasileiras estão dando o exemplo. Em cinco anos, o número de doadoras de leite humano aumentou 83% e o volume de leite coletado cresceu 49,5% no mesmo período. Para este ano, a expectativa é aumentar em 10% o volume de leite materno coletado.

Além de ajudar a combater a desnutrição, quem doa seu leite também colabora para tranquilizar as mães que não podem amamentar seus filhos e ajuda o Brasil a atingir o quatro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da Organização das Nações Unidas (ONU), que é reduzir a mortalidade infantil.

O leite materno possui todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer saudável, protege contra diarreia, infecções respiratórias, diabete e alergias, acaba com a sede e deve ser o único alimento da criança nos primeiros seis meses de vida.

Além de ser barato e estar sempre na temperatura certa, o leite materno contém anticorpos, tem fácil digestibilidade e ainda acelera o processo de retorno do útero ao seu tamanho normal, ao mesmo tempo que reduz o risco da mamãe desenvolver câncer de mama.

HOSPITAL UNIMED JP

Desde 2005, o Hospital Unimed JP realiza um trabalho de coleta de leite e oferece orientações às mães com dificuldades em amamentar os filhos. O serviço funciona durante as 24 horas, de segunda a sexta-feira. A equipe pode ser acionada pelo número 2106-0393.

Composto por uma equipe multidisciplinar, o posto de coleta da Unimed consegue arrecadar cerca de 80 litros de leite por mês. A quantidade é suficiente para atender os recém-nascidos do próprio hospital e de várias instituições da rede pública da Paraíba.

As doações são encaminhadas para o Banco de Leite Anita Cabral, localizado em Cruz das Armas. Lá, o material coletado é pasteurizado e passa por todos os procedimentos de higiene e segurança antes de ser destinado aos recém-nascidos.

QUEM PODE DOAR

Toda mãe pode ser doadora de leite humano. Doando, não há diminuição do leite. Pelo contrário: quanto mais se ordenha ou amamenta, mais leite é produzido. Para doar, é preciso seguir alguns pré-requisitos:

- ter feito pré-natal e ter exames, sorologias, anotadas na carteira do pré-natal;

- ter congelador ou freezer para condicionamento do leite ordenhado;

- cadastrar-se no Posto de Coleta de Leite Humano.

RETIRADA DO LEITE

A retirada de leite materno pode ser realizada através da ordenha manual, sempre precedida da lavagem cuidadosa das mãos, da escolha de um lugar tranquilo e da massagem delicada em todos os quadrantes das mamas, que é fundamental para facilitar o reflexo de descida do leite. Os cabelos devem estar presos e a boca e nariz, protegidos com um lenço ou máscara.

Para a expressão manual, os dedos são colocados na borda externa da aréola, pressionando a mama em direção ao tórax, cerca de 10 a 15 mm, em movimentos de aperta e solta. Para a compressão, podem-se utilizar as duas mãos ou apenas uma, e os dedos precisam ser mudados de posição ao redor da aréola para permitir o esvaziamento de todas as áreas da mama. Essa compressão deve ser rítmica e os dedos não devem ser deslizados sobre a pele, para evitar feri-la.

ARMAZENAMENTO

Para armazenar o leite devem ser utilizados frascos de vidro com tampas plásticas, sem rótulos internos ou externos, e que tenham sido fervidos por pelo menos 15 minutos (tempo contado a partir da fervura). Esse leite pode permanecer refrigerado por até 24 horas ou congelado por no máximo 15 dias. Em uma segunda coleta, o leite pode ser retirado em um copo de vidro esterilizado e colocado por cima daquele leite já congelado.

Para aquecer ou descongelar o leite armazenado, basta colocá-lo em banho-maria com o fogo desligado. O leite deve ser oferecido em xícara, copo ou colher, devidamente esterilizados. Mamadeiras e chucas não devem ser utilizadas.

(Com informações da Agência de Notícias da Unimed Brasil)