Por que ter vista para o mar na praia de Boa Viagem, no Recife, ou de Pitangueiras, no Guarujá, se você pode morar na areia? É só descer e dar um mergulho. Isso sem falar das opções de ilhas artificiais: no meio da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e no lago mais famoso do Distrito Federal. Uma construtora ousada está aterrissando em cinco cidades brasileiras para sacudir o mercado imobiliário de alto luxo.
Se tivesse dinheiro, você compraria esse lançamento que, embora pareça perfeito, traz sérios prejuízos ao meio ambiente? O Instituto Akatu, uma organização não-governamental que divulga o consumo consciente, em parceria com o programa Fantástico, foi às ruas para saber a opinião da população.
O projeto seguiu, em detalhes, o modelo dos grandes lançamentos: maquete, cartazes, banners e um estande completo. No Guarujá, teve até aviãozinho fazendo propaganda. O empreendimento, ali, era construir o prédio bem no meio da praia, o que é proibido pela Constituição em qualquer ponto do litoral brasileiro.
No Guarujá, 59% das pessoas gostaram da ideia de construir o prédio na areia. No Recife, o prédio também foi projetado para uma praia. Seria erguido nas areias de Boa Viagem, com direito à piscina com água natural e com proteção contra tubarões. E, como no Guarujá, a maioria – 61% – aprovou o empreendimento.
Em Florianópolis, um estande montado em um shopping anunciava uma ilha artificial em plena Lagoa da Conceição, uma área de proteção ambiental. Quarenta e uma por cento das opiniões foram a favor da construção. A maioria preferiu o silêncio: 46% das pessoas não se posicionaram. E apenas 12% foram contra.
CONSUMO CONSCIENTE
Definitivamente, foi-se o tempo em que consumir era algo despretensioso e que os desejos, por mais supérfluos que fossem, deveriam ser atendidos a qualquer preço. Hoje, a humanidade sente na pele as conseqüências de centenas de anos de consumo desenfreado e irresponsável, na forma de aquecimento global, poluição de águas, extinção de animais e outros desastres ecológicos.
No entanto, cresce em nível mundial o número de pessoas e empresas que se sentem responsáveis pela atual crise ambiental e que, de alguma forma, estão dispostas a mudar seus padrões de consumo.
Este movimento é conhecido como consumo consciente e está se disseminando em escala global. No Brasil, a questão é trabalhada desde o ano 2000, e tem como principal representante o Instituto Akatu para o Consumo Consciente.
Para quem deseja colocar essas ações em prática, o Instituto UniGente disponibiliza a cartilha “Consumo Consciente”, com dicas importantes sobre o uso responsável e vários exemplos de como pode ser feito. Para ter acesso ao material, clique aqui.
DICAS IMPORTANTES
Abaixo, seguem também algumas maneiras de evitar o desperdício:
- Antes de comprar, pense se o produto vale mesmo o preço que pedem por ele e se realmente terá utilidade. Pense na última aquisição do tipo que você fez: ela foi realmente útil e valeu o número de horas que você trabalhou para pagar aquilo?
- Prefira produtos ecologicamente corretos, com certificação e rotulagem ambiental. Dirija sua escolha aos produtos que causam menos impacto ao meio ambiente.
- Você pode organizar sua vida para usar menos o carro, que deve ser econômico e o menos poluente possível. Para pequenos deslocamentos, evite usar o carro. O motor frio produz mais poluição.
- Reutilize plásticos, papéis de embrulho (prefira os sacos mais resistentes que poderão ser reutilizados ou que tal dar presentes sem embrulhos desnecessários?)
- Evite o excesso de embalagens. Escolha produtos reciclados, biodegradáveis, que utilizam poucas embalagens, tenham embalagens recicláveis ou reutilizáveis.
- Economize água e energia elétrica. Dê preferência aos produtos (torneiras, descargas etc.) que consomem menos água e fique atento às substituições que podem ser feitas.
- Reutilize plásticos, papéis de embrulho (prefira os sacos mais resistentes que poderão ser reutilizados ou que tal dar presentes sem embrulhos desnecessários?)
- O destino do óleo é um dilema. Porém, se fizermos pouca ou nenhuma fritura, não teremos óleo para descartar. O ideal é uma alimentação com pouca gordura. Se tiver que descartar, junte em uma garrafa pet e encaminhe para postos de recolhimento. Não jogue óleo na pia.
- Evite o excesso de embalagens. Escolha produtos reciclados, biodegradáveis, que utilizam poucas embalagens, tenham embalagens recicláveis ou reutilizáveis. Esse comportamento influencia a produção e a indústria.