A suspeita de meningite de duas crianças internadas no Hospital Unimed JP, na semana passada, deixou muita gente apavorada. O caso foi tão sério que muita gente chegou, inclusive, a tomar vacinas e antibióticos sem a orientação do profissional de saúde.

Segundo o infectologista Orniudo Fernandes, esse desespero poderia ser diminuído se fossem tomadas medidas simples. “Mesmo que os casos fossem confirmados como meningite meningocócica, bastava fechar a sala de aula que eles frequentam para fazer a desinfecção”, afirmou.

A meningite é uma doença do sistema nervoso causada pela inflamação das meninges, que são as membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal. Ela é causada principalmente por bactérias e vírus. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através da eliminação de secreções pela tosse, espirro e beijo.

Os principais sinais e sintomas são febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos persistentes, dor e rigidez da nuca, prostração e toxemia. Nas crianças pequenas, a irritabilidade, abaulamento da fontanela (moleira) e convulsão são achados frequentes.

Presença de lesões na pele e nas mucosas podem ser detectadas, manchas avermelhadas ou vinhosas (petéquias), na pele e nas mucosas, nas meningites meningocócicas e pneumocócicas.

Mesmo sendo uma doença que merece atenção especial, que pode comprometer o sistema nervoso, é preciso manter a calma e procurar um especialista quando for identificado algum sintoma da doença. “A vacina não deve ser administrada aleatoriamente e precipitadamente porque é preciso a identificação do tipo da bactéria. A prevenção imediata com antibiótico deve ser orientada por profissional de saúde”, finalizou.

O assunto foi abordado por Orniudo Fernandes, neste domingo, na seção “Consultório Médico” da Coluna Unimed Saúde, que é publicada todos os domingos nos Jornais da Paraíba e Correio da Paraíba. O artigo também pode ser conferido na internet, na versão on-line da Coluna Unimed Saúde, ou CLICANDO AQUI.