Adoecer é mais do que um sintoma somático, é deixar de viver normalmente. Se para os adultos, adoecer é um processo doloroso, para as crianças chega a ser traumático, se não cuidado com carinho. Por esse motivo, o tratamento humanizado passou a ser necessário nos ambientes hospitalares, com a finalidade de diminuir o tempo de internação dos pacientes. A palestra “Humanização em UTI infantil”, apresentada, hoje, no Hotel Tambaú, durante o Congresso de Medicina Intensiva, abordou maneiras de como diminuir o tempo de internação dos pacientes mirins, além de tornar sua estadia menos irritante.
Segundo a palestrante Alda Lúcia, médica pediátrica e mestranda em terapia intensiva, os profissionais de saúde devem redobrar a atenção aos pequenos, focalizando suas atenções a aspectos positivos e evitando o distanciamento com seus familiares. Para ela, a internação infantil é um dos fatores de stress das crianças, sendo que 70% dos internados sofrem mudanças de comportamento.
“O ambiente da UTI é estressante. Não há privacidade, a família não fica presente o tempo inteiro e não há atrativos para as crianças. Deve haver um planejamento e um constante aperfeiçoamento no sentido de favorecer o bem estar da equipe, da família e, claro, da criança”, analisou Alda Lúcia.
A médica pediátrica proferiu a palestra em substituição à Diretora Administrativa da Unimed João Pessoa, Tânia Escorel, que esteve impossibilitada de comparecer.
O Congresso de Medicina Intensiva, Connemi, ocorre a cada dois anos, intercalando-se com o Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva. De acordo com as entidades organizadoras, o Connemi consiste no principal divulgador da produção técnico-científica da medicina intensiva nas regiões Norte e Nordeste. O Congresso foi iniciado na última quarta-feira (30) e se estenderá até sábado (2). O evento é voltado para médicos intensivistas, clínicos, anestesiologistas, cardiologistas e pediatras, além de fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e estudantes de todas estas áreas.