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Hospital Unimed JP realiza primeiro transplante de rim com doador vivo

Publicada em 02/10/2009 às 17h14

O transplante de rim intervivos foi o primeiro realizado no Hospital Unimed JP O transplante de rim intervivos foi o primeiro realizado no Hospital Unimed JP

Após dar início à realização de transplantes de coração e fígado, há cerca de cinco anos, o Hospital Unimed JP passa a oferecer mais um serviço à população paraibana. Às 10h50 da última quinta-feira (1), uma equipe do hospital, coordenada pelo angiologista e cirurgião vascular, Delfim Soares, realizou o primeiro transplante de rim entre pessoas vivas na instituição.

A paciente que se submeteu ao procedimento é K.B.S, de 20 anos de idade, filha do doador L.B.C, de 45 anos. A cirurgia, que durou cinco horas e dez minutos, transcorreu sem anormalidades e dentro esperado. A paciente está se recuperando bem na UTI Pós-Operatório.

O transplante intervivos, como é chamado, acontece com a doação do órgão de alguém da família do paciente. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos de primeiro grau e cônjuges podem ser doadores. Os que não forem parentes só podem doar em condições especiais, após liberação judicial conforme lei vigente.

VANGUARDA

Em dez anos de fundação, o Hospital Unimed JP tem possibilitado a realização de vários momentos históricos da medicina paraibana. É o caso dos transplantes de fígado e de coração. O primeiro transplante de fígado, a maior cirurgia a que um ser humano pode ser submetido, foi realizado em junho de 2004. De lá para cá, o Hospital Unimed realizou 41 transplantes, sendo 40 de fígado e 7 de coração.

A Cooperativa é a única instituição autorizada pelo Ministério da Saúde a realizar este tipo de procedimento na Paraíba, considerado o mais complexo que um ser humano pode ser submetido.

QUEM PODE SER DOADOR

Cerca de 1% de todas as pessoas que morrem são doadores em potencial. Entretanto, a doação pressupõe certas circunstâncias especiais que permitam a preservação do corpo para o adequado aproveitamento dos órgãos para doação.

É possível também a doação entre vivos no caso de órgãos duplos. É possível a doação entre parentes de órgãos como o rim e o fígado, por exemplo.

Não existe limite de idade para a doação de córneas. Para os demais órgãos, a idade e história médica são consideradas.

QUEM NÃO PODE SER DOADOR

Não podem ser considerados doadores pessoas portadoras de doenças infecciosas incuráveis, câncer ou doenças que pela sua evolução tenham comprometido o estado do órgão. Os portadores de neoplasias primárias do sistema nervoso central podem ser doadores de órgãos. Também não podem ser doadores: pessoas sem documentos de identidade e menores de 21 anos sem a expressa autorização dos responsáveis.