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Hospital Unimed JP mantém índice de infecção hospitalar abaixo da média

Publicada em 25/02/2011 às 00h

Hospital realiza trabalho contínuo para manter índice em patamares aceitáveis Hospital realiza trabalho contínuo para manter índice em patamares aceitáveis

Referência em atendimento, o Hospital Unimed João Pessoa é também modelo na Paraíba no controle de infecção hospitalar. Em 2010, por exemplo, a taxa de infecção em cirurgias limpas foi de 0,4%. O número está bem abaixo das taxas indicativas aceitáveis pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), que são de 5% para padrões brasileiros e de 1,5%, em nível internacional.

Os baixos índices também são verificados nos indicadores internos da instituição. O Hospital Unimed JP trabalha com uma média histórica, variável a cada mês. Em dezembro, o nível endêmico de infecção hospitalar foi de 1,4%, enquanto que o tolerável para este mês era de 2,2%. Os dados foram observados nos setores de Obstetrícia; Apoio ao Recém-Nascido; Unidades de Terapia Intensiva (UTIs); e nas clínicas médica, pediátrica e cirúrgica.

Os índices são controlados e monitorados continuamente pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Ele é responsável pela elaboração, implementação e supervisão de normas e rotinas técnico-operacionais para controle de infecções no interior do Hospital Unimed JP.

O trabalho do SCIH é realizado através da elaboração de protocolos clínicos de prevenção baseados nas recomendações do Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta (EUA).

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

De acordo com a infectologista Helena Germoglio, coordenadora do SCIH do Hospital Unimed JP, o princípio básico do controle das infecções hospitalares é a higienização das mãos. Ao entrar no interior do Hospital, os profissionais, os clientes e os visitantes são orientados a manter a higiene das mãos, mesmo que não venham a tocar em algum paciente.

“A primeira higiene deve ser feita com água e sabão. Logo após, é necessário dá um reforço e higienizar com álcool em gel. No entanto, o que muita gente não sabe é que a higienização das mãos precisa ser feita também antes de sair do Hospital, da mesma forma: com água e sabão e álcool em gel,” explica.

No Hospital Unimed JP, em todos os andares e nas UTIs são disponibilizados recipientes fixados nas paredes contendo álcool em gel.

ATENÇÃO AOS PROTOCOLOS

Para maior segurança do cliente, o SCIH tem orientado médicos cirurgiões e profissionais a cumprirem os protocolos durante a realização de procedimentos no interior do Hospital. Um exemplo são as normas corretas de administração de antibióticos como profilaxia em cirurgias.

Segundo a coordenadora da SCIH, Helena Germoglio, o momento ideal para a administração do antibiótico durante a cirurgia é na indução anestésica ou 30 minutos antes da incisão da pele, de modo que, quando o cirurgião iniciar o procedimento, haja níveis efetivos do medicamento no paciente. A profilaxia é utilizada nas cirurgias potencialmente contaminadas e contaminadas (veja definições abaixo).

VIGILÂNCIA PERMANENTE

O trabalho do Hospital Unimed JP para manter o índice de infecção hospitalar em patamares aceitáveis é contínuo. Diariamente, o SCIH realiza o monitoramento e controle de microorganismos causadores de infecções hospitalares, promove treinamentos com profissionais da assistência médica, valida protocolos clínicos, orienta clientes e realiza vigilância pós-alta cirúrgica.

Outra atribuição do SCIH é a realização de visitas técnicas, tanto aos diversos setores do Hospital quanto aos fornecedores externos. “Estas visitas têm por finalidade evidenciar não conformidades relacionadas ao controle de infecções. Para isso, o Hospital dispõe de uma equipe de qualificação de fornecedores, tendo como uma das integrantes a enfermeira do SCIH,” explica Helena Germoglio.

O SCIH é composto por uma equipe multidisciplinar formada por médica infectologista, enfermeiras, farmacêutica e técnica de enfermagem. O trabalho do setor obedece às normas previstas na Lei Federal n° 9.431/97 e na Portaria Nº 2.616/98, ambas do Ministério da Saúde, que dispõem sobre a adoção de meios e ações concretas quanto à redução máxima da incidência e gravidade das infecções nos hospitais.

“A missão do SCIH é atuar como serviço de assessoria e interface com os setores do Hospital, baseado no conhecimento técnico-científico através de ações de prevenção e controle de infecção hospitalar, promovendo segurança e melhoria dos serviços prestados”, destacou Helena Germoglio.

RISCO CONTÍNUO

Apesar de todas as ações de controle, ainda não é possível erradicar a infecção hospitalar nas instituições de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção é resultante da interação entre os microrganismos, sua fonte de transmissão e o hospedeiro. Em outras palavras, ela depende da quantidade de microrganismos que atinge o indivíduo da capacidade deste germe em causar infecção, do seu modo de transmissão e da resistência imunológica do paciente.

Os microrganismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos. Daí a importância da higienização das mãos. Há também outras maneiras de transmissão: através da água e alimentos contaminados; das gotículas que saem da boca quando falamos; ou pelo ar, quando respiramos pó e poeira que contêm microrganismos.

Nas instituições de saúde, os índices de infecção são obtidos a partir da busca dos casos de infecção entre pacientes considerados de maior risco, isto é, os internados nas UTIs (considerados críticos), os imunodeprimidos (transplantados e portadores de neoplasias) ou os submetidos a cirurgias no hospital.

ALTA COMPLEXIDADE

Em abril deste ano, o Hospital Unimed JP completará 12 anos de fundação. Neste período, a instituição tornou-se referência em procedimentos de alta complexidade, como a realização de transplantes de coração e de fígado.

O Hospital é o único da Paraíba a possuir o certificado de Acreditação Hospitalar. A certificação é concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma organização não governamental, às instituições de saúde que demonstrem, na prática, a preocupação com a assistência de qualidade.

A Acreditação é um marco na história da rede hospitalar privada da Paraíba. Para a conquista da certificação, uma das exigências foi a validação pelo SCIH da totalidade dos procedimentos de risco, além da instituição de protocolos de prevenção às principais síndromes infecciosas.

FIQUE POR DENTRO

As cirurgias são divididas em quatro tipos. Entenda cada um:

- Cirurgias limpas são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório. São os processos cirúrgicos em que não ocorrem penetrações nos aparelhos digestivo, respiratório e urinário.

- As potencialmente contaminadas são aquelas realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório.

- Cirurgias contaminadas são aquelas realizadas em tecidos ou órgãos recentemente traumatizados e abertos, com presença de bactérias difíceis de serem descontaminadas e com presença de inflamação aguda no local.

- Cirurgias infectadas são as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão infeccionado ou necrosado.