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Hospital também é lugar de brincar; Brinquedoteca ajuda na recuperação

Publicada em 05/06/2015 às 13h

Pedro Henrique, apesar de internado, se divertiu na Brinquedoteca do Hospital Pedro Henrique, apesar de internado, se divertiu na Brinquedoteca do Hospital

O Super- Homem estava deitado, com ar de tristeza e não parecia que naquele dia salvaria o mundo. Tudo culpa da vilã Pneumonia. Mas aí, a Super- Mãe perguntou se ele queria brincar, colorir desenhos e sair um pouco daquele lugar. O sorriso de nosso herói, que se chama Pedro e tem quatro anos de idade, se abriu, ele colocou sua capa e foi em direção à Brinquedoteca. Esse espaço, que fica no quinto andar do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, faz parte das iniciativas de humanização implantadas pela Unimed João Pessoa na unidade e lembra aos pais e crianças que a diversão pode acontecer até mesmo em meio a uma internação.

Esta é a primeira vez que Pedro Henrique de Góes Sintônio fica internado. A mãe Suzana Cibele de Góes Egídio, inicialmente aflita, comemorava a melhora da criança. No entanto, mesmo sem precisar mais de ajuda para respirar, o pequeno permanecia desanimado. Até saber da Brinquedoteca. "Quando perguntei se ele queria brincar, mudou a fisionomia, melhorou o astral. Parecia outra criança", comemorou Suzana.

Ela disse ainda que achou ótimo o hospital dispor de um local de diversão para as crianças internadas. "É bom porque ele sai do ambiente hospitalar, vai mais para o mundo dele, que é de diversão", comentou.

Já Pedro, que no dia da entrevista para a matéria estava vestido de Super-Homem, mas disse que gostava mais do Homem-Aranha, falou que adora brincar. "Quando eu crescer, vou ser o Super-Homem. Adoro brincar", disse, enquanto escolhia se montava quebra-cabeças, descia pelo escorrego, pintava desenhos ou simplesmente pegava um dos brinquedos.

BENEFÍCIOS

A coordenadora de Humanização e Capacitação Funcional da Unimed João Pessoa, a pediatra Alexandrina Lopes, disse que um espaço como a Brinquedoteca do Hospital Alberto Urquiza Wanderley é muito importante para a criança que está afastada do seu ambiente lúdico, da sua casa e da escola. "Elas têm um refúgio dentro do ambiente hospitalar. Lá, vão trocar experiência, expandir seu eu interior e lidar melhor com a problemática da internação. A criança trabalha sua dinâmica de vida através dos brinquedos e através do brincar vai entendendo o ambiente hospitalar", disse.

A pediatra disse ainda que, ao ter um espaço para brincar, a criança não vê mais o hospital como um local agressor. "Esse momento da brincadeira ajuda a ter boa aceitação do ambiente hospitalar e ver que o ambiente hospitalar não é só de doença e exclusão, mas pode ser também de brincadeira, um ambiente de diversão e aprendizado", explicou.

Na Brinquedoteca, existe mobiliário adequado para as crianças e - claro - brinquedos. Além disso, há a possibilidade de ver filmes infantis e colorir desenhos. Todas as crianças que não correm o risco de transmissão da doença e são liberadas pelos médicos podem fazer uso desse espaço, mesmo que tenham alguma limitação ou estejam no soro.

EXPERIÊNCIAS ESPECIAIS

A Brinquedoteca foi criada com o objetivo de possibilitar à criança um modo de conferir sentido encantado às próprias experiências, levando, assim, à ampliação de sua sensibilidade, percepção, reflexão e imaginação. Ela é muito mais do que um lugar para brincadeiras e um acervo de brinquedos, jogos e livros. A proposta é funcionar como centro integrador de diversas atividades, oficinas de artes, eventos, festas e apresentações, como as que acontecem em datas comemorativas.