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Hormônio do estresse pode indicar maior risco para a depressão

Publicada em 25/07/2014 às 14h

Altos níveis de cortisol no organismo podem indicar maior risco para a depressão Altos níveis de cortisol no organismo podem indicar maior risco para a depressão

Uma nova pesquisa britânica pode mudar o diagnóstico da depressão. Ela descobriu que altos níveis do cortisol, hormônio relacionado ao estresse, podem indicar um risco grande de uma pessoa ter depressão.

Anteriormente, o diagnóstico de depressão era feito somente com base nos sintomas clínicos de um paciente, que incluem tristeza na maior parte do dia e problemas relacionados ao sono e ao peso. Não existia um marcador biológico para a doença, isto é, alguma substância presente no organismo cuja medida detecte a condição.

Segundo o estudo, uma alta concentração do hormônio somada a um conjunto de sintomas depressivos eleva o risco de um adolescente sofrer depressão em até catorze vezes em comparação com quem não apresenta nenhuma dessas características.

Participaram da pesquisa cerca de 1 800 adolescentes de 12 a 19 anos. Eles tiveram amostras de saliva recolhidas de três dias a uma semana para que os pesquisadores analisassem seus níveis de cortisol. Ao longo de um ano, esses participantes relataram se estavam sentindo algum sintoma associado à depressão.

Os adolescentes, então, foram divididos em quatro categorias de acordo com seus níveis de cortisol e com o número de sintomas depressivos que apresentavam. O primeiro grupo era formado por aqueles com níveis normais do hormônio e a menor quantidade de sintomas associados ao transtorno. Já no quarto grupo estavam os participantes com os maiores níveis de cortisol e que apresentavam mais sintomas depressivos.

De acordo com os resultados, o risco de os meninos serem diagnosticados com depressão ao longo de um a três anos foi catorze vezes maior entre aqueles do quarto grupo em comparação com os do primeiro. Entre as meninas, a probabilidade da doença foi quatro vezes superior entre as do grupo quatro.

A abordagem da nova pesquisa dá pistas interessantes sobre as diferenças de gênero relacionadas à depressão.

Com informações da Revista Veja