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Higienização das mãos contribui para o controle da infecção hospitalar

Publicada em 06/05/2011 às 00h

Primeira higiene  deve ser feita com água e sabão e a segunda com álcool Primeira higiene deve ser feita com água e sabão e a segunda com álcool

O melhor método, e o mais simples, para evitar infecções hospitalares é através da higienização das mãos. Por conta disso, ao entrar no interior do Hospital, os profissionais, os clientes e os visitantes devem lavar as mãos mesmo que não venham a tocar em algum paciente.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Unimed JP, Helena Germóglio, a primeira higiene deve ser feita com água e sabão. Logo após, é necessário dá um reforço e higienizar com álcool em gel.

“No entanto, o que muita gente não sabe é que a higienização das mãos precisa ser feita também antes de sair do Hospital, da mesma forma: com água e sabão e álcool em gel,” explica.

No Hospital Unimed JP, em todos os andares; e nas Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), em todos os boxes, são disponibilizados recipientes fixados nas paredes contendo álcool em gel.

Principais agentes causadores de infecções, as bactérias, e também os fungos, podem acometer pessoas que já estão fracas e debilitadas por conta de algum problema de saúde. Esse tipo de infecção ocorre em qualquer hospital.

ESTRUTURA

O Hospital Unimed JP conta com um serviço específico responsável pela elaboração, implementação e supervisão de normas e rotinas para evitar e tratar as infecções hospitalares. Trata-se do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), que trabalha baseado em recomendações do Centro de Controle de Doença (CDC), em Atlanta, nos Estados Unidos, uma referência na área.

Aliado a esse trabalho, a estrutura física do Hospital foi projetada para prevenir e dificultar o aparecimento das infecções. O sistema de ventilação, por exemplo, é provido de recursos que impedem a circulação de ar contaminado e o transporte de material contaminado, no Hospital, não circula no mesmo fluxo de material limpo.

Por conta de tudo isso, o Hospital Unimed João Pessoa é modelo na Paraíba no controle de infecção hospitalar. Em 2010, por exemplo, a taxa de infecção em cirurgias limpas foi de 0,4%. O número está bem abaixo das taxas indicativas aceitáveis pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), que são de 5% para padrões brasileiros e de 1,5%, em nível internacional.

Os baixos índices também são verificados nos indicadores internos da instituição. O Hospital Unimed JP trabalha com uma média histórica, variável a cada mês. Em dezembro, o nível endêmico de infecção hospitalar foi de 1,4%, enquanto que o tolerável para este mês era de 2,2%. Os dados foram observados nos setores de Obstetrícia; Apoio ao Recém-Nascido; Unidades de Terapia Intensiva (UTIs); e nas clínicas médica, pediátrica e cirúrgica.

MICRO-ORGANISMOS 

Apesar de todas as ações de controle, ainda não é possível erradicar a infecção hospitalar nas instituições de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção é resultante da interação entre os micro-organismos, sua fonte de transmissão e o hospedeiro. Em outras palavras, ela depende da quantidade de micro-organismos que atinge o indivíduo da capacidade deste germe em causar infecção, do seu modo de transmissão e da resistência imunológica do paciente.

Os micro-organismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos. Daí a importância da higienização das mãos. Há também outras maneiras de transmissão: através da água e alimentos contaminados; das gotículas que saem da boca quando falamos; ou pelo ar, quando respiramos pó e poeira que contêm micro-organismos.

Nas instituições de saúde, os índices de infecção são obtidos a partir da busca dos casos de infecção entre pacientes considerados de maior risco, isto é, os internados nas UTIs (considerados críticos), os imunodeprimidos (transplantados e portadores de neoplasias) ou os submetidos a cirurgias no hospital.