O ortopedista Ronaldo Mendonça avalia que prefeita de Guarabira, Fátima Paulino, está reagindo bem após a cirurgia que foi realizada no Hospital Unimed JP, último sábado, 12. O procedimento utilizou uma técnica experimental que retira células primitivas da medula óssea da própria paciente para ajudar na formação osso. O médico esclareceu que este procedimento se assemelha ao princípio das células-tronco. A cirurgia durou pelo menos seis horas e contou com a participação de Walter Targa (ortopedista) e Nelson Tirsy (hematologista), profissionais da Universidade de São Paulo. Fátima Paulino deve receber alta amanhã. Na primeira semana ela vai ficar em repouso absoluto, mas depois voltará a se locomover utilizando a ajuda de um aparelho. Depois de trinta dias, vai se submeter a radiografias. A prefeita de Guarabira sofreu um acidente automobilístico em outubro de 2002. Até o momento, ela está se tratando de uma grave fratura no fêmur. Ronaldo Mendonça explicou que o método escolhido pela equipe consiste na retirada de células primitivas osteogências, localizadas na medula óssea, e que são misturadas a um enxerto ósseo extraído de um banco humano. Essa mistura forma uma espécie de substância gelatinosa que foi aplicada para fixar o osso. Segundo o ortopedista, o fêmur não estava alinhado e precisava de uma técnica que curasse totalmente a fratura. As células primitivas foram retiradas através de uma punção externa. Depois, que o material foi colhido, ele passou por um processamento, antes de ser misturado ao enxerto ósseo. Essas células vão trabalhar como se fossem aceleradores na formação do osso. Roberto Correia Lima, também ortopedista, lembrou que esta técnica só estava sendo utilizada pelo Hospital das Clínicas do São Paulo e que a esta cirurgia foi a primeira realizada no Nordeste. Acompanhamento Fátima Paulino terá um acompanhamento rigoroso. Depois de trinta dias, ela deverá fazer radiografias para indicar a evolução do tratamento, mas os primeiros resultados só poderão ser observados depois de três meses.