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Excesso de proteção é prejudicial para amadurecimento dos filhos

Publicada em 15/04/2010 às 12h26

Querer que seu filho seja feliz e fornecer subsídios para que ele seja capaz de conseguir isso é diferente de evitar a qualquer custo que ele passe por dificuldades e frustrações. A experiência de resolver seus próprios problemas e, possivelmente, se desiludir, é necessária para que haja aprendizado e amadurecimento. No entanto, os pais superprotetores não querem saber disso e tentam manter os filhos bem debaixo de suas asas.

O excesso de cuidados e proteção é tão prejudicial quanto a falta deles. Mesmo em situações comuns do dia-a-dia, as atitudes dos pais podem evidenciar o exagero na assistência e amparo aos filhos. Um exemplo simples é quando a criança aponta para um copo de suco e, antes que fale o que deseja, já o tem na mão. Se ocasiões similares a essa acontecerem com frequência, não será surpresa que a criança apresente atrasos no desenvolvimento da fala.

Essa situação ilustra como a educação cheia de zelo é capaz de prejudicar o crescimento e a conquista de autonomia da criança. Há, porém, circunstâncias muito mais graves, como quando os pais proíbem os filhos de participarem de passeios escolares ou irem ao cinema com amigos por medo de que aconteça alguma situação que os coloquem em risco.

A liberdade que se dá aos filhos depende da idade deles. É necessário “soltá-los” aos poucos, mas tem que haver confiança na capacidade de decisão e na evolução da independência deles. Os perigos e riscos existem e é compreensível que os pais fiquem assustados e sintam medo pelos filhos – mesmo que eles já sejam adultos. 

Contudo, é importante saber o limite entre a preocupação aceitável e a excessiva, já que uma criança superprotegida tende a ser:

• medrosa – vive num mundo sem desafios e perigos. Sente, constantemente, receio de se machucar e de qualquer situação nova;

• manhosa – não aceita ser contrariada e faz birra se as coisas não estão como quer;

• insegura – a supervisão frequente dos pais faz com que ela não conheça suas próprias habilidades ou não tem chance de desenvolvê-las. Isso pode gerar insegurança e indecisão quando ela está longe deles;

• dependente – os pais resolvem todas as situações contraditórias. Sem eles, não sabe o que fazer;

• impaciente – como é prontamente atendida pelos pais, espera que seus desejos sejam sempre realizados dessa forma.

E ainda pode se tornar um adulto individualista, com dificuldades de relacionamento e para fazer escolhas. Por isso, pais, lembrem-se de criar seus filhos para o mundo – para o bem deles.

 

Informações do site da Unimed do Brasil.