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Excesso de bebidas alcoólicas pode prejudicar festejos do Carnaval

Publicada em 03/02/2012 às 09h45

Excesso de bebidas alcoólicas pode prejudicar festejos do Carnaval

Em época de festividades, como no Carnaval, há aumento do consumo de álcool e de suas consequências negativas. Por exemplo, grande número de acidentes de trânsito (nos centros urbanos e nas estradas) protagonizados por motoristas alcoolizados. Apesar de o álcool ser uma substância lícita e a mais usada no Brasil e no mundo, e seu consumo ser aceito (e encorajado) socialmente, seu uso causa sérios danos físicos, psíquicos e sociais.

Os riscos da ingestão de bebidas alcoólicas são muitos e os efeitos do uso agudo variam de acordo com a quantidade consumida num determinado tempo, tipo de bebida, sexo, peso e idade, e vão desde problemas como moleza, sonolência, perda de reflexos, desidratação, náuseas, vômitos, até coma, depressão respiratória e morte. Os riscos do uso crônico incluem problemas no fígado (hepatite, esteatose, cirrose); pâncreas (pancreatite); estômago (gastrite, úlcera); déficit de vitaminas; demência; aumento do risco de doenças do sistema circulatório, derrame, hipertensão; vários tipos de câncer; problemas cardíacos (infarto, miocardite); alteração do ciclo menstrual, impotência, infertilidade; e dependência.

É importante salientar que os riscos não se restringem ao indivíduo, aumentando também o risco para a comunidade, pois o álcool geralmente está associado a situações de violência (brigas, homicídios, agressões sexuais, vandalismo), acidentes de trânsito, quedas, afogamentos, suicídio e sexo desprotegido (resultando em gravidez indesejada e transmissão de doenças). Os jovens são os mais vulneráveis.

PREJUÍZOS

A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo.

Isso porque o álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e absorvido no intestino. Pela corrente sanguínea suas moléculas são levadas ao cérebro.

O excesso de álcool também ataca o sistema nervoso central e provoca sono e irritação; corrompe mecanismos químicos cerebrais, ocasionando dor de cabeça, irritando as mucosas do aparelho digestivo, causando náuseas, vômito e diarréia; e inibe a ação do hormônio antidiurético, levando a sede e boca seca.

O consumo crônico pode causar lesões cerebrais, diabetes, úlceras, inflamações no estômago e intestino, hepatite, depressão, lesão nos rins, na bexiga, próstata e pâncreas, entre outras doenças.

COMO AGE NO ORGANISMO

O álcool é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal (estômago e intestino delgado), cai na corrente sanguínea e é distribuído para todos os tecidos e órgãos do corpo. Os primeiros efeitos são sentidos pela ação do álcool no cérebro que, inicialmente, causa torpor e relaxamento.

Como já foi explicado anteriormente, a metabolização do álcool é realizada no fígado e uma pequena parte é eliminada inalterada pela urina, respiração (pulmões) e transpiração. No fígado, o álcool é convertido pela álcool desidrogenase em acetaldeído, uma substância tóxica que é metabolizada pela enzima aldeído desidrogenase em acetato, e, então, transformado em gás carbônico e água.

O álcool age em duas fases. A primeira causa desinibição e euforia e a segunda (depressora) causa sedação, fala pastosa, falta de coordenação motora e andar cambaleante, diminuição dos reflexos, da atenção, memória e concentração, e em doses muito altas coma, depressão do sistema respiratório e morte.