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Exames nos primeiros dias de vida ajudam a identificar doenças no bebê

Publicada em 22/02/2011 às 00h

Teste do pezinho consegue identificar previamente várias doenças no bebê Teste do pezinho consegue identificar previamente várias doenças no bebê

O nascimento de um bebê é um momento muito esperado pelos pais, que desejam conhecer o rostinho do filho e ter certeza de que ele nasceu saudável. Para que alguns distúrbios ou anormalidades sejam identificados precocemente, testes de triagem metabólica (teste do pezinho), visual (teste do olhinho) e auditiva (teste da orelhinha) são realizados no recém-nascido.

Com a detecção precoce, há a possibilidade de prevenir sequelas e outras manifestações, aumentando a viabilidade de um desenvolvimento saudável da criança.

TESTE DO PEZINHO

A primeira medida na prevenção do bebê é tomada já na maternidade, durante o "teste do pezinho". Consiste na coleta de sangue do calcanhar do recém-nascido. Os serviços de saúde, públicos ou particulares, oferecem a triagem de três formas: básica, mais e super.

A triagem básica contém três diagnósticos: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e anemia falciforme. A fenilcetonúria é uma doença associada a excesso de um aminoácido no organismo do bebê e pode levar à deficiência mental. O mesmo vale para o hipotireoidismo, déficit na produção de hormônios na glândula tireoide.

O teste do pezinho "mais" oferece outras sete informações sobre possíveis doenças como toxoplasmose congênita e deficiência de G6PD, enzima que protege os glóbulos vermelhos contra oxidação.

Com o teste "super", o organismo do bebê é analisado na detecção de 46 patologias, entre doenças relacionadas ao nível de aminoácido no corpo, defeitos no metabolismo de ácidos graxos (gorduras) e excesso de ésteres nas mitocôndrias..

TESTE DO OLHINHO

O teste do olhinho também é feito na maternidade. Durante o exame, um feixe de luz é lançado nos olhos do recém-nascido de forma inofensiva. Caso o reflexo seja vermelho, como é comum em fotografias tiradas com flash, o olho é sadio.

Se o resultado for branco, o bebê pode ter catarata congênita, uma doença que afeta o cristalino do olho, estrutura vital para o foco e visualização correta das imagens lançadas na retina.

TESTE DA ORELHINHA

Um fone de ouvido é colocado nas orelhas do bebê durante 5 e 10 minutos, enquanto a criança dorme. Estímulos sonoros são emitidos e a captação de eco produz um gráfico em computador. O médico analisa esses dados e verifica se o recém-nascido apresenta problemas como surdez e otite secretora.

DETALHES

Confira abaixo mais detalhes sobre os exames citados:

Teste do Pezinho (Teste de Triagem Neonatal):

- Deve ser realizado, preferencialmente, 48 horas após o nascimento do bebê e ainda na primeira semana de vida. Para fazer o teste, é necessário que o aleitamento materno já tenha sido iniciado;

- É feito com a coleta de sangue a partir de um furinho no calcanhar do bebê;

- Identifica transtornos que incluem: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística.

Teste do Olhinho (Teste do Reflexo Vermelho)

- Peça ao pediatra que o teste do olhinho seja feito antes da alta da maternidade ou na consulta do 5º dia;

- É feito na penumbra, com o posicionamento do oftalmoscópio (instrumento para observação do interior do olho) a um metro dos olhos do recém-nascido;

- É o primeiro exame dos olhos da criança, é rápido e não dói;

- Possibilita a detecção precoce de doenças que comprometem a visão, como glaucoma congênito, catarata congênita, infecções e tumores.

Teste da Orelhinha (Teste de Emissões Otoacústicas)

- Se não for feito antes da alta da maternidade, solicite que seja realizado ainda nos primeiros 30 dias de vida do bebê;

- Permite a detecção precoce de deficiências auditivas, que podem levar à deficiência na linguagem e no aprendizado;

- É feito com um equipamento que emite ondas sonoras no ouvido do recém-nascido e analisa a resposta a esse estímulo. O exame demora entre cinco e 10 minutos;

- Não havendo resposta ao estímulo do exame, este deverá ser repetido em um mês.

 

Fonte: Unimed do Brasil