• Início
  • Notícias
  • Evento mostra como a pessoa com diabetes pode ter qualidade de vida

Notícias

Evento mostra como a pessoa com diabetes pode ter qualidade de vida

Publicada em 08/11/2010 às 10h15

Encontro teve momento de decontração com atividade física e alongamento Encontro teve momento de decontração com atividade física e alongamento

Cerca de 10% da população do Brasil tem diabetes. A doença, embora crônica e incurável, não impede o portador de viver com saúde e qualidade de vida, desde que tenha hábitos de vida saudáveis.

Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia da Paraíba, Ednardo Parente, cerca de 60% do tratamento de diabetes é determinado por uma mudança no estilo de vida, especificamente na alimentação e atividade física. “A única maneira de ‘freiar’ esse aumento do diabetes é através da educação”, disse. 

Essas informações foram transmitidas durante o 6º Encontro dos Grupos de Educação Terapêutica da Unimed JP.O evento foi realizado no último sábado (6), das 8h às 13h, e contou com a participação de mais de 250 pessoas, que lotaram o auditório do Shopping Sebrae, em João Pessoa.

O presidente da Unimed JP, Federação Paraíba, Instituto UniGente e diretor de Marketing e Desenvolvimento da Unimed do Brasil, Aucélio Gusmão, afirmou que receber o diagnóstico da doença não é uma sentença, mas uma responsabilidade a mais. “Esse é o sexto ano que realizamos esses encontros, e a maior satisfação para a Unimed JP é contribuir para que vocês não adoeçam”, disse.

Segundo o coordenador de Promoção da Saúde da Unimed JP, Garibaldi Muniz, educar para prevenir é o que a Unimed JP vem fazendo há bastante tempo. “O nosso objetivo é propiciar uma melhor qualidade de vida, através da troca de conhecimento, para que vocês não passem pelas complicações do diabetes”, explicou

ATIVIDADE FÍSICA

Já que atividade física regular é fator imprescindível para o tratamento do diabetes, o 6º Encontro dos Grupos de Educação Terapêutica em Diabetes da Unimed JP foi iniciado com exercícios de alongamento e ginástica.

A atividade foi coordenada pelos educadores físicos Tereza Helena e João Barsi, que proporcionaram momentos de descontração e integração com atividades entre os participantes.

PALESTRAS

Após a atividade física, o anestesiologista e especialista em dor, Gualter Ramalho, deu início as palestras do evento. Ele falou sobre fibromialgia e explicou que hoje em dia as pessoas quando sentem dor já afirmam que é fibromialigia. “No entanto, a fibromialgia é uma síndrome, caracterizada por dor músculo-esquelética, que vem acompanhada de fadiga e distúrbios do sono”, disse.

Ele alertou para a importância do sono para a saúde do corpo e da mente. “Dormir é fundamental para a prevenção de doenças”, disse.

O especialista explicou que a dor tem a função de anunciar um perigo iminente e ao, menor, sinal dela o organismo produz uma substância que auxilia na supressão da dor, que é produzida durante o sono. “Com o distúrbio do sono, a pessoa fica carente dessa substância”. A fibromialgia causa uma disfunção no sono, que acarreta uma dificuldade no organismo para atenuar essa dor”, explicou.

Alguns fatores, segundo Gualter Ramalho, podem contribuir para desencadear a doença, como estresse, trauma físico e genética, já que familiares têm oito vezes mais chances de ter fibromialgia.

ALCOOLISMO

A psicóloga Albanice Uchôa foi a segunda a ministrar palestra no evento e abordou o tema “Alcoolismo”. Ela explicou que o alcoolismo é uma doença crônica, que compreende alguns sintomas, como desejo incontrolável de beber, perda de controle, dependência física, entre outros.

Albanice afirmou que a definição de padrões de consumo geralmente é feita pela quantidade e frequência do consumo de bebida.

A pscióloga disse que 2 bilhões de pessoas no mundo consomem bebida alcoólica. E que o dependente ou alcolista tem uma padrão sistemático de bebida, bebe com uma certa frequencia e não se controla para iniciar ou parar de beber. Ela falou dos efeitos do álcool no estômago, cérebro, fígado, coração e vasos sanguíneos.

ESPIRITUALIDADE

A espiritualidade envolve a confiança em um Deus superior, preenche um vazio interior próprio do homem e é diferente de religião. A afirmação é da psicóloga Luzinete Cantisani, que ministrou a última palestra do encontro, que abordou o tema “Espiritualidade e saúde”.

“A espiritualidade nos possibilita ver a temporalidade das coisas, para entendermos que a vida se constitui de oportunidades, a fim de enxergamos e aceitarmos nossas limitações, nosso envelhecimento e nossa mortalidade”, enfatizou.

Luzinete explicou que a espiritualidade positiva é quando se tem fé, mas também é depositada confiança em recursos disponíveis na área médica e a negativa é quando esses recursos são rejeitados, acreditando apenas na fé.

Segundo a psicóloga, vários estudos têm identificado que a espiritualidade proporciona fatores protetores contra doenças, pois ajuda no controle da ansiedade e do estresse, e diminui sintomas de depressão.” Pessoas espiritualizadas tendem a adoecer menos e quando adoecem se recuperam mais facilmente”, afirmou.