Com o objetivo estimular o debate e aumentar a pressão em favor da redução das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, a Prefeitura de João Pessoa, com o apoio do Movimento Nós Podemos Paraíba, realizou no último sábado (24) o Movimento 350 graus, na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano.
Durante o evento, representantes de cerca de 170 países se reuniram para pedir aos governantes de todo o mundo a redução de gás carbônico (CO2) na atmosfera, cujo limite máximo de segurança é 350 partes por milhão de CO2.
A 350.org é uma campanha internacional que visa criar um movimento para unir o mundo em torno de soluções para a crise climática – as soluções que a justiça nos exige. A nossa missão é inspirar o mundo para que este se erga à altura do desafio da crise climática – criando um novo sentido de urgência e de possibilidade.
O QUE SIGNIFICA O NÚMERO 350?
O número 350 foi adotado após ser considerado pelos cientistas o limite máximo de segurança para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Há dois anos, foi publicada uma série de estudos mostrando que o planeta estaria em risco de catástrofe natural e humana caso as concentrações de CO2 atmosférico se mantivessem acima das 350 partes por milhão.
Por causa disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou esta meta como sendo necessária para estabilizar o planeta e evitar a completa catástrofe. Agora o problema é conseguir que os líderes tomem isto como prioridade e tracem políticas que ponham o mundo de volta no caminho correto rumo aos 350.
PERIGOS DA MUDANÇA CLIMÁTICA
De acordo com um relatório elaborado pela University College de Londres, a elevação da temperatura entre 2º e 6º aumentará o número de afetados por doenças frequentes do trópico, como dengue e malária, além de causar mortes por efeito direto do calor.
Na Paraíba, uma das causas mais preocupantes de mudanças climáticas tem sido a questão do desmatamento aliado ao processo de desertificação. Um levantamento da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA) realizado em 2001, mostrou que o processo já atingia uma área de 27.750 Km², correspondente a 49,2% da extensão do Estado. Sessenta e oito municípios paraibanos localizados no semi-árido sofrem com a situação.
