Marcus Sodré destaca importância da fé, mas alerta para cuidado com charlatães e curandeiros Religião e Ciência sempre seguiram caminhos opostos. Mas, uma corrente que se manteve restrita a alguns estudiosos no século passado ganha cada vez mais forças no novo milênio: a importância da fé na cura e no tratamento de doenças.
De acordo com o otorrinolaringologista Marcus Sodré, médico cooperado da Unimed JP, estudos realizados em instituições sérias - como a Universidade de São Paulo (USP), a Escola Paulista de Medicina, a Universidade de Brasília e universidades americanas como Harvard e Duke - têm investigado tais fenômenos com resultados interessantes. “Profissionais e instituições médico-hospitalares observam atualmente, cada vez com maior interesse, o papel da fé, da certeza da cura pelo doente e até das preces no restabelecimento da saúde”, destacou.
Marcus Sodré explica que o sistema imunológico, que é nosso sistema de defesa ante as agressões sobre nosso corpo, possui complexo mecanismo de funcionamento sensível a vários estímulos. E é aí que entraria a explicação para a eficácia da fé: o pensamento positivo estimularia nosso sistema imunológico, reestruturando as defesas e combatendo doenças.
“Mesmo que ainda não sejamos capazes de explicar seus mecanismos, a Ciência tem se surpreendido ao investigar a influência das manifestações de fé no tratamento e na cura de doenças”, comenta Marcus Sodré.
Mas, apesar de todas as indicações positivas em muitos estudos, o médico alerta para o bom senso. “Não se recomenda que os pacientes abandonem seus tratamentos médicos convencionais e é bom ficar atento aos curandeiros e charlatães, não abrindo mão do acompanhamento da família, que é fundamental nestes casos”, afirmou.
Marcus Sodré também explicou que não existe uma religião mais eficaz do que outra. “ A Ciência observa fenômenos intrigantes em todas as religiões estudadas e não se identificou uma seita ou corrente filosófica específica aparentemente mais ‘eficaz’ na melhora da saúde das pessoas”, informou. De acordo com ele, o denominador comum em todos os casos estudados foi a fé e a religiosidade e não uma religião específica.
