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Estudo sugere que mente feminina é mais propensa a pensar em comida

Publicada em 21/01/2009 às 14h57

A eterna briga das mulheres com a balança pode ter uma razão biológica relativamente simples, de acordo com um estudo que acaba de ser publicado. Análises do cérebro de voluntários de ambos os sexos, submetidos à tentação de comer após um jejum prolongado, sugerem que as mulheres têm mais dificuldade de suprimir voluntariamente o desejo de comer do que os homens.

A pesquisa, que está na edição desta semana da revista científica "PNAS", foi coordenada por Gene-Jack Wang, do Laboratório Nacional Brookhaven (Estados Unidos). Wang e seus colegas usaram PET (tomografia por emissão de pósitrons, na sigla em inglês), método que mostra quase em tempo real o consumo de nutrientes no cérebro das pessoas durante alguma atividade ou tarefa. Com isso, os cientistas montam um padrão de atividade cerebral, o qual mostra quais as áreas do órgão estão mais ativas em determinado período.

No experimento, os voluntários ficavam 17 horas em jejum e depois eram submetidos a estímulos fortes ligados aos seus pratos favoritos (já conhecidos dos pesquisadores por meio de um questionário submetido previamente). Os estímulos iam desde o cheiro do prato, esquentado na frente das "cobaias", até a colocação na língua deles de chumaços de algodão embebidos no alimento, para que eles pudessem sentir o gosto dela.

Aos voluntários pedia-se simplesmente que tentassem suprimir a fome e o desejo de comer. Nos homens, a análise cerebral mostrou uma supressão considerável da atividade do órgão em regiões ligadas ao desejo de se alimentar, enquanto o mesmo se dava em grau significativamente menor nas mulheres. Para os pesquisadores, isso pode ser uma das explicações para a dificuldade comparativamente maior das mulheres para perder peso, bem como para seu menor autocontrole diante de pratos apetitosos.

(Da Agência de Notícias da Globo)