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Especialistas garantem que o portador de diabetes pode levar vida normal

Publicada em 24/05/2010 às 17h02

Os participantes assistiram palestras de profissionais durante o evento Os participantes assistiram palestras de profissionais durante o evento

Cerca de 246 milhões de pessoas são portadoras de diabetes no mundo. Os dados são da Organização Mundial de Saúde que ainda traz um número preocupante: pelo menos, 46% não sabem que têm a doença. Sem tratamento, elas podem sofrer infarto, derrame cerebral ou ter problemas renais e oftalmológicos.

As informações foram passadas pela endocrinologista Rosália Gouveia Felizola, numa palestra ministrada no último sábado (22) durante o VIII Encontro Sobre Saúde da Unimed João Pessoa. O evento ocorreu no Shopping Sebrae e reuniu cerca de 180 participantes. Com o tema “Diabetes: aprendendo a se cuidar”, a atividade teve a presença de médicos, nutricionista, enfermeira, educadora física e psicóloga.

Rosália Gouveia foi a primeira palestrante do encontro e explicou alguns motivos do aumento de diabetes no mundo. “Maior longevidade da população, sedentarismo, obesidade, consumo de industrializados e carnes gordas”, detalhou.

Os sinais mais comuns da doença são excessos de urina, de sede, de fome e coceiras na região genital. Mas nem sempre esses indícios são evidentes. A médica explicou que o diabetes costuma agir de forma silenciosa e nem sempre apresenta sintomas. Por este motivo, as pessoas só a descobrem quando as complicações estão em estágio avançado.

“Quem tem parentes com a doença na família ou apresentou diabetes em período gestacional, deve ficar atento. Abortos, pressão alta e gordura no sangue são outros fatores que podem desencadear o diabetes. Mesmo sem apresentar sintomas, é preciso tratar o problema para evitar as complicações”, afirmou a especialista.

O angiologista Otacílio Figueiredo também realizou uma palestra no evento e destacou que o diabetes provoca obstrução das artérias e impede a circulação sanguínea em diversas partes do corpo. No entanto, ele ressaltou que as consequências podem ser prevenidas. "As complicações são motivadas pela falta de atenção. Quando se trata, é perfeitamente possível ter uma vida normal. Ter diabetes não é sentença para ter artérias obstruídas", acrescentou.

DOENÇA SOB CONTROLE

A dona de casa Maria Zenilde Teodósia é um exemplo de disciplina. Portadora de diabetes há 20 anos, ela afirma levar uma vida normal e manter a doença sob controle. "O tratamento é diário. Não pode ser um dia ou uma semana. Sigo a dieta passada por minha nutricionista, tomo medicamentos e pratico atividade física.  Também procuro sempre me informar sobre essa doença", declarou.

É a mesma convicção que a professora Ana Paula Marinho, 35 anos, aparenta ter. Ela estava entre os participantes do evento. Há dois anos, ela foi surpreendida pelo diagnóstico de diabetes. “Estava fazendo um exame de rotina. Fiquei apavorada, porque pensava nas complicações que isso poderia ter”, contou.

No entanto, Ana Paula conheceu o trabalho do Grupo de Educação Terapêutica (GET), desenvolvido pela Unimed JP. E aprendeu que, com disciplina e responsabilidade, é possível ter uma vida normal. “Descobri que era possível ter o diabetes sob controle. Basta ter informação e seguir as recomendações dos profissionais”, declarou.