Os recém-nascidos choram para expressar que estão com fome, com sono e com dor. Essa é a maneira mais eficiente para eles se comunicarem, e cabe aos pais distinguir os tipos de choro. Para os iniciantes na maternidade e paternidade, esse pode ser um momento delicado: saber identificar se há um problema sério e quando procurar um especialista.
Independentemente de questões pontuais, o pediatra Constantino Cartaxo, médico cooperado da Unimed João Pessoa, orienta que os pais devem procurar um especialista entre o 10º e o 15° dias após a alta da maternidade. Além de diminuir os riscos de doenças, a conversa com o pediatra ajudará a diminuir a ansiedade em situações mais simples do dia a dia com o bebê. “O pediatra deve ser aquele que orienta, educa, diagnostica e, quando necessário, medica”, comenta.
Constantino Cartaxo orienta que as consultas sejam mensais nos primeiros seis meses e, depois, com oito, dez e doze meses, ou quando a criança apresentar febre, gemido, sonolência, sinais de cansaço ou manchas na pele.“São nesses momentos que avaliamos os desenvolvimentos físico, motor, pôndero-estatural, que são crianças com crescimento insuficiente por baixa ingesta calórica, com ou sem outra doença subjacente, emocional e alimentar”, explica.
DÚVIDAS
As principais doenças em crianças são causadas por vírus, especialmente no berçário, creche, escola e nos períodos de chuva. Mas, como lidar com as cólicas, refluxo, amamentação correta e como fazer o bebê dormir são dúvidas recorrentes dos novatos na maternidade ou paternidade.
Segundo Constantino Cartaxo, a cólica normal começa após 10 dias de vida e pode se prolongar até o terceiro ou quarto mês, principalmente no fim de tarde e à noite. “Este tipo [de cólica] não deve ser medicado, mas sim, a família ser orientada a respeito da transitoriedade. Já fora desse horário ou quando há outros sinais associados como a diarreia, deficit de ganho de peso ou outro, deve-se procurar orientação do pediatra”, esclarece.
O especialista também acalma os pais de primeira viagem quanto ao refluxo. De acordo com ele, essa situação é muito comum em bebês e não atrapalha o ganho de peso da criança, assim como não causa sintomas digestivos ou respiratórios.
ORIENTAÇÕES
Já a amamentação deve ser realizada de forma tranquila, observando se há boa pega do seio, envolvendo a aréola mamária e não o bico, que causará dor e terá pouca saída o leite. “Também deve ser oferecido [o seio] sem horário fixo e até que a criança esteja saciada”.
Quanto ao banho, deve ser realizado em banheira, inicialmente, com o bebê sentado e bem seguro nos braços do adulto, duas ou três vezes ao dia, com uso de sabonete apenas uma vez.
Na hora de dormir, também é essencial prestar atenção no conforto e na segurança do bebê. O pediatra recomenda que, de preferência, ele fique de barriga para cima e siga uma rotina no horário e ambiente.
Ao seguir as orientações do pediatra, é possível ter um bebê mais saudável e ativo. E toda a família mais feliz. “A criança deve ser curtida e aproveitada pelos pais com alegria, diversão, tranquilidade e liberdade para vivenciar a infância. Então, nada de telas como televisão, tablet ou computador até, no mínimo, dois anos”, sugere.