Hoje (31) é o Dia Mundial Sem Tabaco e em todo o mundo entidades estão mobilizadas com a finalidade de alertar para os riscos que correm os fumantes passivos. Para se ter idéia, uma pessoa em um ambiente fechado com um fumante chega a inalar no intervalo de cinco a dez minutos, pelo menos, 4.720 substâncias. A maioria delas tem alto poder nocivo em todos os tecidos e órgãos do corpo humano, sendo cerca de 50 cancerígenas.
O pneumologista Sebastião de Oliveira Costa, médico cooperado da Unimed JP, alerta que determinados problemas de saúde podem ser agravados por estas substâncias. “Se você é portador de alergia respiratória, certamente, vai conviver por alguns dias com os sintomas característicos da rinite, rino-sinusite ou asma brônquica”, alertou.
Sebastião Costa informou que algumas das substâncias contidas na fumaça do cigarro – acroleína, aldeídos, formaldeídos, amônia – agem diretamente na mucosa do aparelho respiratório estimulando a produção de secreção e provocando a tosse, os espirros, a obstrução nasal, o bronco-espasmo. “Não precisa, portanto, muita reflexão para concluir que não se constitui atitude saudável compartilhar o mesmo espaço com tabagistas”, afirmou.
Para Sebastião de Oliveira Costa, é urgente a necessidade de se fazer cumprir as muitas leis disponíveis que tentam proteger os não fumantes dos efeitos nocivos da fumaça do cigarro. No Brasil, a mais importante é a lei federal 9.294. Sancionada em 1996, ela estabelece a proibição nos ambientes fechados do uso de cigarros e similares. A determinação abrange, entre outros, repartições públicas, supermercados, shopping centers, bares, hotéis e restaurantes.
O médico comentou que os programas de combate ao tabagismo ao longo dos anos 80 e 90 conseguiram disseminar na sociedade a idéia de que fumar é um ato nocivo que compromete intensamente a saúde do tabagista. Mas, houve falhas. “Os programas cometeram o lapso de não informar devidamente sobre os riscos a que o fumante passivo está submetido, quando em contato involuntário com a fumaça do cigarro”, lamentou. Agora, é correr atrás do prejuízo.
MOBILIZAÇÃO INTERNACIONAL
Nesta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está encampando uma campanha internacional com a finalidade de proibir o fumo em ambientes fechados. A intenção é, exatamente, proteger os fumantes passivos dos males do cigarro.
Nos fumantes passivos adultos, as substâncias nocivas do cigarro causam problemas como cardiopatias e graves doenças respiratórias e cardiovasculares suscetíveis de provocar a morte prematura. Nas crianças, os efeitos são ainda maiores. Além dos problemas acima, elas podem causar doenças e agravar afecções já existentes, como a asma. Um dado que preocupa autoridades no mundo todo é que, segundo pesquisa da OMS, metade das crianças do mundo estão expostas à fumaça do cigarro.
No Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerra hoje uma consulta pública em relação às "salas para fumar". Pela proposta da Anvisa, todo estabelecimento público fechado que quiser manter uma área para fumantes deverá ter salas exclusivas para o uso de cigarros, charutos e outros derivados do tabaco.
Os requisitos das salas incluem um sistema de climatização específico, para evitar a contaminação de outros ambientes, além de uma área de pelo menos 1,2m² por fumante. As sugestões à proposta podem ser enviadas pelo site da Anvisa.(www.anvisa.gov.br)
AÇÃO NA UNIMED JP
O instituto de responsabilidade social UniGente e a Secretaria de Promoção da Saúde da Unimed JP aderiram às campanhas mundial e nacional de combate ao tabagismo. Em parceria com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), eles estarão promovendo, durante toda a manhã de hoje, uma ação na Cooperativa, voltada para funcionários, médicos e clientes.
Das 8 horas ao meio-dia, o mascote do UniGente entregará adesivos alertando para a importância de se criar meios que protejam os fumantes passivos. Além disso, já foram afixado cartazes na sede e no Hospital Unimed JP.
