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Empresas devem focar bem o público que querem ajudar, diz Frei Betto

Publicada em 01/10/2008 às 10h58

O escritor Frei Betto, um dos mais respeitados intelectuais brasileiros da atualidade, declarou que as empresas que não desenvolvem projetos na área de responsabilidade social praticam um crime com a proteção da lei. “Uma empresa que hoje não assume uma pauta de responsabilidade social, a meu ver, não merece ser chamada de empresa. Merece ser chamada de aglomerado extorsivo”, afirmou.

Ele alertou, no entanto, que a instituição precisa ter bem claro o público que quer beneficiar sob pena de não chegar a lugar nenhum. “Se não conhecermos bem o contexto, corremos o risco de, em nome de uma boa causa, repetir um trabalho de colonização, de imposição, de paternalismo”, afirmou. “Muitas vezes, os trabalhos são bons para a empresa, são bons para os agentes, mas não são tão bons para quem é alvo do projeto”, disse.

Frei Betto esteve na Paraíba no dia 17 de setembro para participar da abertura do 5º Seminário Nacional de Responsabilidade Social das Unimeds, realizado até o dia 19 do mesmo mês no Paço dos Leões, na Capital. No evento, ele ministrou a palestra “A importância da responsabilidade social corporativa para a evolução da sociedade”.

Sobre o seminário, o escritor destacou com um dos pontos mais importantes o fato de o evento reunir participantes de várias partes do País. “Essa permuta é fundamental para enriquecer o balaio de experiências, de visões, de métodos de trabalho; ajuda a regular e a criar uma sincronia maior entre a diversidade de trabalhos sociais”, comentou.